Banca de DEFESA: NATÁLIA FERREIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NATÁLIA FERREIRA DOS SANTOS
DATA : 30/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/hwo-bkqk-whz
TÍTULO:

DIVERSIDADE DE ORGANISMOS AQUÁTICOS: UMA REVISÃO GLOBAL SOBRE PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Biodiversidade, Zooplâncton, Gradientes altitudinais, Clima, Interações hospedeiro-parasita


PÁGINAS: 118
RESUMO:

Identificar os fatores que aceleram as mudanças na biodiversidade tem sido um tema central nos
debates ecológicos, desde os séculos XVIII e XIX, e continua a ser uma questão chave até os dias
atuais. Essas alterações na biodiversidade referem-se a qualquer mudança na abundância, riqueza, e
identidade dos organismos, o que reflete na alteração da estrutura da comunidade ao longo do tempo.
Embora essas mudanças possam ser aceleradas pelas atividades humanas ou ocorrer devido a eventos
extremos de temperatura e precipitação, os mecanismos subjacentes à determinação destas mudanças
ainda permanecem amplamente debatidos. Ecossistemas de água doce são particularmente sensíveis
às alterações climáticas, especialmente em ambientes modificados pelo homem. Nesses sistemas,
fatores climáticos e antropogênicos têm alterado fortemente a biodiversidade das comunidades
aquáticas, influenciando de maneira direta a sobrevivência de algumas espécies e indireta ao interferir
nas interações entre as diferentes espécies. Porém, distintos grupos biológicos e distantes
filogeneticamente, ou até relações antagônicas, podem responder de maneira particular a esses
impactos ambientais. A presente tese de doutorado investiga a dinâmica da diversidade e distribuição
de organismos em ecossistemas aquáticos continentais, elucidando como diferentes fatores
ecológicos e geográficos influenciam padrões espaciais e temporais. Exploramos essas questões
integrando métodos empíricos e meta-analíticos, em três capítulos que abrangem estruturas
ecológicas distintas: Capítulo I – Realizamos uma revisão sistemática e meta-análise para entender
como a elevação, em escala global, influencia a estrutura das comunidades bióticas, avaliando a
riqueza de espécies de zooplâncton e macrófitas aquáticas ao longo de gradientes altitudinais e
identificando possíveis impulsionadores ecogeográficos subjacentes a essas relações. Compilamos
dados de 84 estudos, abrangendo 48 países e estendendo-se até 4.200 m acima do nível do mar em
seis ecossistemas distintos de água doce. Identificamos padrões dependentes do contexto, variando
entre diferentes grupos taxonômicos e categorias de habitat. Em nosso estudo, elevação, geralmente,
mas não consistentemente, se correlacionou inversamente com a riqueza de espécies. A riqueza do
zooplâncton, particularmente entre os Cladocera, apresentou um efeito geral negativo com o aumento
da elevação, enquanto as macrófitas mostram tal tendência principalmente em águas correntes. Além
disso, para ambos os grupos as influências elevacionais negativas são mais pronunciadas em latitudes
mais altas, especialmente no Hemisfério Norte. Capítulo II – Investigamos os efeitos da sazonalidade
na comunidade de zooplâncton em cinco poças temporárias, representando, portanto, uma escala
local. A questão principal desse capítulo foi explorar como condições sazonais de chuva e seca
impulsionam abundância, riqueza e equitabilidade em três diferentes grupos do zooplâncton límnico
(Cladocera, Copepoda e Rotifera). Destacamos a sazonalidade como principal fator das mudanças 

observadas, com efeitos diferenciados entre os grupos taxonômicos. Capítulo III – Exploramos como
clima e tamanho do habitat moldam a diversidade de populações naturais de um gênero de Cladocera,
Daphnia, seus parasitas assim como os riscos de doenças em escala regional. Fizemos isso utilizando
um banco de dados de sete anos de estudo em 15 lagos de Michigan (EUA). Encontramos
interdependências entre hospedeiro e parasita, revelando que riqueza e equitabilidade dos hospedeiros
flutuam com o tamanho do habitat, mas não consistente com parasitas. Não encontramos correlação
entre diversidade do hospedeiro e do parasita, mas a equitabilidade do hospedeiro é um fator chave
na modulação da transmissão do parasita, destacando uma relação negativa entre uma maior
diversidade de hospedeiro e reduzindo a prevalência. Este estudo reforça a compreensão de como as
variáveis temporais, climáticas e altitudinais impactam a biodiversidade das espécies aquáticas. Em
todos os capítulos, há uma linha comum de extensão das teorias ecológicas existentes, destacando a
importância da especificidade taxonômica, da complexidade do habitat e dos papéis dos fatores
abióticos e bióticos na biodiversidade


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEF JONATHAN DA SILVA - UFRPE
Externa à Instituição - CLÁUDIA COSTA BONECKER
Presidente - MAURO DE MELO JUNIOR
Interna - PAULA BRAGA GOMES DE PEREZ
Externa à Instituição - SIGRID NEUMANN LEITÃO - UFPE
Notícia cadastrada em: 26/04/2024 07:51
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