Efeitos da adição de nutrientes e da invasão por Megathyrsus maximus, na ecofisiologia de plantas nativas, em uma área da caatinga em regeneração natural.
Adubação, Estresse oxidativo, Metabolismo primário, Perturbação antrópica, Planta nativa, Restauração.
Caatinga, a maior e mais populosa Floresta Tropical Sazonalmente Seca do mundo, localiza-se
predominantemente no Nordeste do Brasil. Este ecossistema único é caracterizado por uma
vegetação altamente endêmica, adaptada às condições climáticas semiáridas e a solos com
baixas concentrações de nutrientes. No entanto, enfrenta diversas ameaças, incluindo o uso
insustentável de recursos pela população, a intensificação da seca devido às mudanças
climáticas e a invasão de espécies exóticas. Tais ameaças comprometem a biodiversidade local
e favorecem processos de desertificação. Este estudo tem como objetivo, avaliar o
comportamento bioquímico de plantas nativas pioneiras em resposta às alterações do solo e à
competição crescente devido à invasão por Megathyrsus maximus. Observamos que plantas
com raízes mais curtas tendem a reagir de forma mais eficiente às mudanças de acidez e ao
acúmulo de Al3+ em solos arenosos da Caatinga. Embora a adição de NPK antes da estação de
crescimento, juntamente com a invasão de M. maximus, não tenha causado alterações
significativas no solo ao longo de um ano, sugerimos que esses nutrientes possam ter sido
lixiviados ou que as condições iniciais do solo tenham sido restauradas devido à alta atividade
do solo e à absorção pela planta invasora. Mesmo sem mudanças detectáveis nos solos, as
plantas nativas exibiram sinais de redução de nitrogênio, principalmente em áreas invadidas por
espécies exóticas, indicando um aumento na competição por recursos. Esses resultados
fornecem insights importantes sobre as respostas das plantas nativas as alterações antrópicas,
que podem ser exacerbadas pelas mudanças climáticas, ameaçando a regeneração natural da
Caatinga e a sobrevivência de espécies endêmicas pioneiras. Para uma compreensão mais
completa dos efeitos das flutuações ambientais sobre essas espécies, recomendamos estudos de
longo prazo, dada a natureza lenta das respostas à adubação e à invasão de plantas exóticas