Banca de DEFESA: JÚLIO CÉSAR DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÚLIO CÉSAR DA SILVA
DATA : 22/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 01 do Prédio Dárdano de Andrade Lima
TÍTULO:

ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS E FENOLÓGICAS EM GRAMÍNEAS (POACEAE) DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO EM RESPOSTA A MUDANÇA CLIMÁTICA


PALAVRAS-CHAVES:

Mudanças climáticas, gramíneas, semiárido, morfologia, tempo de floração.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

Nas últimas décadas, o aquecimento global tem elevado a temperatura da superfície terrestre
e dos oceanos em uma média de 0,2oC por década. Entre 2006-2015, a temperatura média
global aumentou 1oC em comparação com 1850-1900, indicando uma preocupante tendência
de aquecimento global. Os riscos associados à mudança climática são mais acentuados com
um aumento de 1,5oC na temperatura global. As consequências abrangem áreas como saúde
humana, segurança alimentar, fornecimento de água e biodiversidade. Mudanças climáticas
antropogênicas têm sido associadas à redução nos órgãos vegetativos e alterações no tempo
de floração de plantas. Nas regiões semiáridas, consideradas as mais vulneráveis em relação
às mudanças climáticas, a aridez pode intensificar-se a partir do aquecimento global. As
gramíneas nesses ambientes são adaptadas a condições estressantes, como déficit hídrico e
secas. O aumento da aridez nessas áreas pode proporcionar uma maior expansão e invasão
das gramíneas. No entanto, as respostas morfológicas específicas das gramíneas às mudanças
climáticas antropogênicas ainda não foram estudadas. Diante disso, algumas suposições
foram formuladas: (1) as gramíneas do Semiárido brasileiro estão ajustando seus órgãos
vegetativos e reprodutivos para se adaptarem às mudanças climáticas; (2) a precipitação
desempenha um papel central nas alterações morfológicas das gramíneas anuais na região
semiárida; (3) a mudança climática influencia o tempo de floração das gramíneas anuais do
semiárido. Para investigar estas hipóteses, foram selecionados 591 espécimes de gramíneas
anuais do Semiárido brasileiro de quatro espécies (Enteropogon mollis, Panicum trichoides,
Paspalum fimbriatum e Paspalum scutatum) nos herbários e acervos digitais. A temperatura
média do Semiárido Brasileiro aumentou 1,89°C entre 1960 a 2021. Três espécies
apresentaram redução na altura da planta em relação ao ano, enquanto Enteropogon mollis
não demonstrou nenhuma mudança direcional contínua. A maioria das espécies também
responderam às variáveis climáticas e geográficas, principalmente nos acréscimos dos órgãos
reprodutivos à medida que a temperatura aumenta. Esta estratégia plástica pode estar
atribuída às gramíneas de ambientes semiáridos. Na análise fenológica, a temperatura
desempenhou um papel crucial no tempo de floração de algumas gramíneas. Enteropogon
mollis e Paspalum fimbriatum retardaram o seu florescimento em temperaturas mais
elevadas. As mudanças morfológicas e fenológicas nas gramíneas, que desempenham um
papel crucial como espécies forrageiras, têm o potencial de desencadear um significativo
efeito cascata. Isso pode impactar a disponibilidade de recursos para os animais herbívoros,
resultando em um desequilíbrio ecológico substancial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.894.914-** - JEFFERSON RODRIGUES MACIEL - NÃO INFORMADO
Interna - MARIA TERESA AURELIANO BURIL VITAL RODRIGUES
Externa à Instituição - THAIS ELIAS ALMEIDA - UFPE
Notícia cadastrada em: 19/02/2024 08:09
SIGAA | Secretaria de Tecnologias Digitais (STD) - https://servicosdigitais.ufrpe.br/help | Copyright © 2006-2024 - UFRN - producao-jboss12.producao-jboss12