Banca de DEFESA: MARIA DA CONCEICAO CAVALCANTI PIMENTEL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA DA CONCEICAO CAVALCANTI PIMENTEL
DATA : 26/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 01 do Prédio Dárdano de Andrade Lima
TÍTULO:

Delimitação morfológica de espécies do complexo Wittmackia lingulata (L.) Mez (Bromeliaceae) do Nordeste Brasileiro


PALAVRAS-CHAVES:

Taxonomia, variação morfológica, fenologia, perda de habitats.


PÁGINAS: 61
RESUMO:

Wittmackia Mez (Bromeliaceae, Bromelioideae) é um gênero restabelecido e re-circunscrito
com 46 espécies que na maioria ocorre na Floresta Atlântica e possuem distribuições
geográficas muito restritas. Wittmackia engloba diversos complexos taxonômicos. Um desses
complexos é formado por Wittmackia lingulatoides (Leme & H.Luther) Aguirre-Santoro,
Wittmackia patentissima (Mart. ex Schult. & Schult.f.) Mez e Wittmackia pernambucentris
(J.A.Siqueira & Leme) Aguirre-Santoro. Nesta dissertação, buscou-se esclarecer a delimitação
taxonômica de W. lingulatoides, W. patentissima e W. pernambucentris integrando dados
morfométricos, ecológicos e fenológicos. Também realizamos uma análise da variação da
qualidade de habitat disponível na extensão de ocorrência de 23 espécies do gênero da
Floresta Atlântica para entender a relação entre o tempo de publicação de cada espécie e a
perda de habitats. Para o estudo de delimitação doze caracteres morfológicos foram
selecionados a partir da análise de 125 exsicatas. Foram coletadas coordenadas geográficas
das ocorrências das espécies. Também foram coletados dados sobre o ano da coleta do
primeiro exemplar, ano typus e ano de publicação para 23 espécies, os quais foram
comparados com a variação da cobertura vegetal no período de 1985 a 2021. Os resultados
estatísticos para delimitação taxonômica confirmaram que a melhor hipótese é a que
reconhece a identidade de W. lingulatoides, W. patentissima e W. pernambucentris. Sendo a
delimitação por três espécies o melhor modelo para explicar a variação morfológica e
fenológica. Essa hipótese taxonômica também foi confirmada pelas análises de sobreposição
de nicho. A análise da relação do tempo de publicação e a perda de habitats mostrou que, em
média, o tempo entre a primeira coleta e a publicação de uma espécie de Wittmackia da
Floresta Atlântica leva entre 23 (± 5.3) e 25 anos (± 4.9) e que os habitats florestais em 35
anos tiveram uma redução de 9.1% (± 3.3%), sendo acumulada uma perda de 129,417.6
hectares. Há mais de uma década, os taxonomistas encontraram dificuldades de selecionar e
utilizar os caracteres morfológicos para explicar os limites entre as três espécies aqui
analisadas. E pela primeira vez é demonstrado para essas espécies que o longo período de
espera para suas publicações coincide com o aumento da probabilidade de extinção por perda
de habitats.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCO DIÊGO SOUSA SANTOS - UFC
Presidente - ***.894.914-** - JEFFERSON RODRIGUES MACIEL - NÃO INFORMADO
Interna - SARAH MARIA ATHIE DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 09/02/2024 08:11
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