Banca de QUALIFICAÇÃO: VINÍCIUS ALCÂNTARA CARVALHO LIMA SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VINÍCIUS ALCÂNTARA CARVALHO LIMA SANTOS
DATA : 15/08/2023
HORA: 13:00
LOCAL: meet.google.com/ijc-gdgj-pzo
TÍTULO:

VARIAÇÃO NA MORFOLOGIA ALAR DE DROSOPHILA NASUTA (DIPTERA, DROSOPHILIDAE) EM BIOMAS INVADIDOS NA AMÉRICA DO SUL


PALAVRAS-CHAVES:

Invasão biológica, Drosophilidae, Microevolução, Morfometria.


PÁGINAS: 31
RESUMO:

As espécies invasoras são uma das maiores causas de perda de biodiversidade no planeta. Acredita-se
que as invasões continuarão a crescer no mundo. No caso dos insetos não é diferente, com muitas
invasões conhecidas, inclusive na família Drosophilidae. Um exemplo recente de invasão na América do
Sul é a chegada da mosca Drosophila nasuta. Em cerca de uma década de invasão, a espécie já ocupa
2,5 milhões de km2 no Brasil, distribuindo-se em áreas de quatro biomas: Floresta Amazônica, Floresta
Atlântica, Caatinga e Cerrado. D. nasuta apresenta um padrão ecológico diferente de outros
drosofilídeos exóticos, preferindo locais conservados, e é um possível responsável por desequilíbrios
ecológicos, sendo relatada a redução da abundância de drosofilídeos nativos após a sua invasão.
Análises genéticas demonstraram diferenciação populacional de D. nasuta nos biomas brasileiros,
indicando uma adaptação nessas regiões. As asas são estruturas essenciais para a sobrevivência dos
insetos, auxiliando no voo, na escolha de parceiro, na recepção sensorial e na termorregulação, sendo
moldadas por forças evolutivas. As asas apresentam vantagens nos estudos de morfologia, por serem
estruturas resistentes e 2D, e já foram usadas extensivamente em estudos com drosofilídeos. Tendo isso
em mente, foi verificado se D. nasuta já apresenta alguma diferenciação na morfologia alar entre os
biomas invadidos. Foram analisadas 240 asas direitas de indivíduos machos da espécie D. nasuta,
coletados em oito localidades distribuídas nos 4 biomas invadidos, sendo 60 amostras por bioma. Cada
asa foi fotografada e digitalizada, posteriormente sendo realizadas 11 medidas a partir de pontos de
referências nas interseções das veias. Foram realizadas Análises de Variância (ANOVA) e um teste de
Tukey a posteriori para se observar se as áreas diferiram de forma estatisticamente significativa. As asas
da Amazônia apresentaram as menores médias, enquanto Cerrado e Caatinga apresentaram médias
maiores, Floresta Atlântica foi intermediária. Os testes demonstraram que a Floresta Amazônica se
diferenciou significativamente dos outros biomas, excetuando-se uma medida. Floresta Atlântica se
diferenciou do Cerrado e Caatinga em 9 medidas, e da Floresta Amazônica em 10. Um menor tamanho
da asa em ambientes úmidos e quentes, como a Amazônia, foi observado em estudos com outras
espécies de drosofilídeos. Enquanto em locais mais frios e secos, como o Cerrado, asas maiores são
esperadas. Os resultados demonstraram que D. nasuta apresenta adaptações nas asas para os biomas
recentemente invadidos no Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSE EDUARDO GARCIA
Interna - CAROLINA NUNES LIBERAL
Externo à Instituição - JOÃO DE ANDRADE DUTRA FILHO
Notícia cadastrada em: 14/08/2023 07:19
SIGAA | Secretaria de Tecnologias Digitais (STD) - https://servicosdigitais.ufrpe.br/help | Copyright © 2006-2024 - UFRN - producao-jboss06.producao-jboss06