Banca de DEFESA: FLÁVIO JOSÉ DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FLÁVIO JOSÉ DA SILVA
DATA : 05/05/2023
HORA: 08:00
LOCAL: meet.google.com/goq-ezqr-coo
TÍTULO:

EU SEI QUEM VOCÊ É: FÊMEAS ANUROS (PRISTIMANTIS RAMAGII) PERCEBEM E DISCRIMINAM CANTOS DE MACHOS EXÓTICOS CONGÊNERES



PALAVRAS-CHAVES:

corte, seleção acústica, invasão sonora, escolha feminina


PÁGINAS: 73
RESUMO:

Em anfíbios anuros, os machos possuem características vocais específicas da espécie que facilitam a seleção sexual feminina. Porém, cantos de espécies exóticas neste grupo podem interferir na interação de espécies nativas por haver convergência acústica. Neste grupo animal, há evidências que experiências acústicas anteriores podem ajudar fêmeas ovadas a mitigar os efeitos negativos de distrações ou aversões a ruídos. Porém, embora haja uma certa consolidação do reconhecimento acústico na seleção sexual feminina, a literatura ainda carece abordar a fonotaxia de acordo com a idade das mesmas, em especial em ambiente natural. Diante do exposto, realizamos um experimento de campo com o objetivo de avaliar se há uma relação da idade de fêmeas anuros frente a estímulos montados a partir do canto de um macho nativo, um exótico e um estímulo controle. Como espécie nativa, optamos pelo Prisimantis ramagii, um strabomantídeo endêmico da Mata Atlântica nordestina brasileira e a espécie exótica escolhida foi o Pristimantis koehleri, endêmica da Bolívia. Assim esperamos que (i) fêmeas mais velhas/experientes teriam mais respostas comportamentais positivas para o macho nativo; (ii) fêmeas mais velhas/experientes teriam mais respostas comportamentais negativas ao estímulo do macho exótico. Neste estudo utilizamos um total de 31 fêmeas sexualmente maduras e ovadas de P. ramagii, todas individualmente identificadas. Para a estimativa de idade utilizamos o comprimento rostro-cloacal (CRC). O experimento consistiu no uso de playbacks de cada um dos estímulos e, concomitantemente, o registro comportamental das fêmeas focais durante a exibição desses sons. Os resultados mostraram que os tipos de estímulos afetam a atratividade e a latência de resposta à fonotaxia das fêmeas testadas, sendo o estímulo nativo aquele com atratividade e latência de resposta à fonotaxia significativamente maior. Por outro lado, o comprimento rostro-cloacal (CRC) não influenciou a atratividade e latência de resposta das fêmeas em relação aos estímulos, de modo que as fêmeas tenderam a responder os estímulos independentemente do tamanho. Com isso concluímos que as fêmeas de anfíbios anuros apresentam limitações de aprendizado durante a ontogenia comportamental do reconhecimento acústico, de modo que possuem uma tendência ao reconhecimento inato em razão da influência do curto período de vida do grupo. Porém, ainda são necessários estudos futuros que abordem respostas que vão além do display comportamental feminino exibido nos experimentos fonotáticos.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - NICOLA SCHIEL
Externo à Instituição - PEDRO IVO SIMÕES - UFPE
Externo à Instituição - XAVIER ARNAN VIADIU
Notícia cadastrada em: 28/04/2023 09:51
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