Banca de QUALIFICAÇÃO: FLÁVIO JOSÉ DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FLÁVIO JOSÉ DA SILVA
DATA : 29/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/qsa-cusi-esk
TÍTULO:

COMO A IDADE DE FÊMEAS ANUROS (Prisimantis ramagii) AFETA A ESCOLHA PELO MACHO: UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL NA NATUREZA


PALAVRAS-CHAVES:

Maturação, tamanho corporal, espécie exótica


PÁGINAS: 42
RESUMO:

Em anfíbios anuros, para facilitar o reconhecimento acústico, os machos possuem
características vocais específicas da espécie que facilitam a seleção sexual feminina. Porém,
vocalizações de espécies exóticas neste grupo podem interferir na interação de espécies
nativas por haver convergência acústica. Neste grupo animal, há evidências que experiências
acústicas anteriores podem ajudar fêmeas ovadas a mitigar os efeitos negativos de distrações
ou aversões a ruídos. Porém, embora haja uma certa consolidação do reconhecimento acústico
na seleção sexual feminina, a literatura ainda carece abordar a fonotaxia de acordo com a
idade das mesmas, em especial em ambiente natural. Diante do exposto, realizamos um
experimento de campo com o objetivo de avaliar se há uma relação da idade de fêmeas anuros
frente a estímulos montados a partir do canto de um macho nativo, um exótico e um estímulo
controle. Como espécie nativa, optamos pelo Prisimantis ramagii, um craugastorídeo
endêmico da Mata Atlântica nordestina brasileira e a espécie exótica escolhida foi o
Pristimantis koehleri, endêmica da Bolívia. Assim esperamos que (i) fêmeas mais
velhas/experientes teriam mais respostas comportamentais positivas para o macho nativo; (ii)
fêmeas mais velhas/experientes teriam mais respostas comportamentais negativas ao estímulo
do macho exótico. Neste estudo utilizamos um total de 31 fêmeas sexualmente maduras e
ovadas de P. ramagii, todas individualmente identificadas. Para a estimativa de idade
utilizamos o comprimento rostro-cloacal (CRC). O experimento consistiu no uso de playbacks
de cada um dos estímulos e, concomitantemente, o registro comportamental das fêmeas focais
durante a exibição desses sons. Os resultados mostraram que os tipos de estímulos afetam a
atratividade e a latência de resposta à fonotaxia das fêmeas testadas, sendo o estímulo nativo
aquele com atratividade e latência de resposta à fonotaxia significativamente maior. Por outro
lado, o comprimento rostro-cloacal (CRC) não influenciou a atratividade e latência de
resposta das fêmeas em relação aos estímulos, de modo que as fêmeas tenderam a responder
os estímulos independentemente do tamanho. A discussão de tais resultados, ainda se
encontram em fase de construção.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIA DANISE DE OLIVEIRA ALVES
Externa à Instituição - FILIPA ALEXANDRA DE ABREU PAULOS
Externo à Instituição - IGOR JOVENTINO ROBERTO
Notícia cadastrada em: 26/08/2022 14:39
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