CANTO DE TERRITÓRIO DE Dendropsophus elegans (WIED-NEUWIED, 1824) E Pithecophus gonzagai (ANDRADE, 2020) EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO NORDESTE BRASILEIRO
Bioacústica; Anura, Conservação; Ecologia; Monitoramento Ambiental.
A vocalização dos anuros tem as funções primárias de atrair parceiros e delimitar
território e são fortemente influenciadas por variáveis ambientais. A bioacústica é uma
eficaz ferramenta de amostragem populacionais, uma vez que esses animais se
comunicam principalmente através do som. O canto de território limita a competição por
fêmeas e territórios, evitando disputas físicas. Pithecopus gonzagai e Dendropsophus
elegans tem apenas seus cantos de anúncios descritos. O presente estudo tem como
objetivo descrever o canto de território de Dendropsophus elegans e Pithecopus
gonzagai. O estudo foi realizado na Estação Ecológica do Tapacurá, localizada no estado
de Pernambuco, utilizando um gravador de áudio remoto com funções de agendamento
diário entre 2019 e 2020. Os dados ambientais (temperatura, umidade e ......) foram
registrados através de um Datalogger. Foram analisadas 20 gravações para cada espécie,
através dos softwares Arbimon, e Audacity, e os gráficos foram gerados utilizando o
Raven. Os parâmetros acústicos investigados foram: duração média do canto; intervalo
entre os cantos, pulsos por canto, frequência mínima; frequência máxima; frequência
dominante e Amplitude da Frequência. Os cantos de territórios de D. elegans e
Pithecophus gonzagai é formado por uma nota única multipulsionada emitida geralmente,
após ou em resposta ao canto de anúncio ou a presença de outros machos.