Banca de DEFESA: MARIA MYLENA OLIVEIRA DA CRUZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA MYLENA OLIVEIRA DA CRUZ
DATA : 21/02/2022
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/bce-mysi-nim
TÍTULO:

ESTIMATIVA DAS TAXAS DE MORTALIDADE E DA CONTRIBUIÇÃO DE CARCAÇAS DO ZOOPLÂNCTON EM SEIS SISTEMAS ESTUARINOS DO NORDESTE DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Estuários; vermelho neutro; copépodes.


PÁGINAS: 52
RESUMO:

Para compreender o papel ecológico do zooplâncton no ecossistema é preciso estudar também
a participação de mortos e a taxa mortalidade desses organismos, sendo bastante difícil o
registro dessas informações a partir dos métodos tradicionais de estudo. A mortalidade não
predatória tem como principais fatores o envelhecimento natural, doenças, poluição e estresse
físico-químico no ambiente em que vivem. Esse estudo buscou avaliar e caracterizar as taxas
de mortalidade não-predatória e a contribuição de carcaças da comunidade zooplanctônica em
ecossistemas estuarinos tropicais com diferentes graus de urbanização, considerando as
seguintes hipóteses: i. diferentes estuários inseridos em uma mesma região tropical contribuem
com distintos percentuais de carcaças de zooplâncton, variando espacialmente; ii. estuários
inseridos em grandes centros urbanos apresentam maiores taxas de mortalidade não-predatória,
assumindo maior grau de poluição doméstica. O estudo foi realizado em seis sistemas estuarinos
na costa leste do Nordeste do Brasil. As amostras foram coletadas entre os meses de
novembro/2020 e setembro de 2021, sempre no horário diurno (entre 9 e 12h) e na maré vazante
de sizígia. Foram encontrados 46 táxons, sendo 12 espécies de copépodes. Os náuplios de
Oithonidae e a espécie Oithona oswaldocruzi foram os organismos mais frequentes (35,7%). A
densidade média do zooplâncton considerando todos os sistemas estudados foi de 6.900,99 (±
8.674,87) ind. m-3

, enquanto a de copépodes vivos foi de 124,501 ind. M-3

. O percentual médio
de carcaças de copépodes foi de 51,34% com os valores variando de 4 a 100% e a taxa de
mortalidade média foi de 0,113 dia-1

(± 0,070 dia-1

, CV: 62,4%), com os valores mínimos de

0,016 d-1
e máximo de 0,273 d-1

, sendo as famílias Paracalanidae (0,545 dia-1± 0,255; CV: 47%)

e Oithonidae (0,119 ± 0,061 d-1

; CV: 51,7%) as apresentarem os maiores valores. A média de
dias para decomposição das carcaças foi de 4,7 dias. O presente estudo mostrou que os estuários
podem suprir a teia alimentar estuarina com uma parcela significativa de carcaças de copépodes
planctônicos na região do Atlântico tropical (Nordeste do Brasil), e essa contribuição pode
variar em termos de famílias e ambiente. Diferenciar os organismos em termos de indivíduos
vivos e mortos pode contribuir com um maior entendimento de como os copépodes
planctônicos realmente participam das teias tróficas marinhas, que quase sempre é relacionada
erroneamente apenas a rota das cadeias tróficas clássicas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CATARINA DA ROCHA MARCOLIN
Presidente - 1803963 - MAURO DE MELO JUNIOR
Externo à Instituição - PEDRO AUGUSTO MENDES DE CASTRO MELO - UFPE
Notícia cadastrada em: 15/02/2022 15:44
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