DISTRIBUIÇÃO E RIQUEZA DE CONVOLVULACEAE JUSS. NA CADEIA DO ESPINHAÇO (LATO SENSU)
Bahia, Glory of Morning, Minas Gerais.
A Cadeia do Espinhaço (CE) ocupa parte dos territórios da Bahia e Minas Gerais na forma de
um imponente maciço que se orienta nas direções gerais norte-sul. Ao longo da sua extensão,
os domínios que a circundam exercem forte influência climática que, em associação com as
elevadas altitudes, proporcionam condições favoráveis para a alta riqueza e diversidade de
espécies endêmicas reconhecidas entre os mais variados grupos vegetais. Convolvulaceae
possui distribuição cosmopolita, onde a maior riqueza e diversidade das espécies é registrada
nas regiões tropicais. Para alcançar os objetivos propostos neste trabalho, um banco de dados
composto por cerca de 2.600 registros de ocorrência compilados do SpeciesLink e do Reflora
foi analisado. Cento e oitenta e seis táxon foram categorizados em em quatro padrões de
distribuição: contínuo, disjunto, centrado na porção baiana e centrado na porção mineira.
Espécies endêmicas são encontradas em todos os padrões de distribuição. A Análise de
Parcimônia de Endemismo apontou dois principais centros de endemismo: um na porção
mineira (Planalto Diamantina) e outro na porção baiana (Chapada Diamantina). A análise de
similaridade florística também apontou dois grupos principais, um em cada porção, porém,
com baixa similaridade entre si. A riqueza e a diversidade estão concentradas no Quadrilátero
Ferrífero e principalmente na Chapada Diamantina. O Efeito de Domínio Médio é um modelo
que se aplica muito bem à riqueza de Convolvulaceae no gradiente altitudinal da Cadeia do
Espinhaço.