Banca de DEFESA: ANNA GABRIELLY DUARTE NEVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANNA GABRIELLY DUARTE NEVES
DATA : 31/07/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Prédio de Biologia - Sala 203
TÍTULO:

POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE Aspergillus PARA A BIORREMEDIAÇÃO DE CORANTES TÊXTEIS

 


PALAVRAS-CHAVES:

Corantes azo; Reuso de biomassa; Modelagem de adsorção; Tratamento sustentável; Descontaminação de efluentes


PÁGINAS: 210
RESUMO:

A indústria têxtil é uma das maiores poluidoras de corpos d'água, o lançamento de efluentes carregados de corantes tóxicos afetam a biota aquática e terrestre. Os tratamentos convencionais não removem eficazmente esses contaminantes, e a inadequação desses tratamentos leva à persistência de poluentes nocivos no meio ambiente. A biorremediação, especialmente com fungos como Aspergillus, oferece uma solução promissora, sendo mais eficiente e sustentável na remoção de corantes, reduzindo assim o impacto ambiental. Nesse estudo explorou o potencial de fungos do gênero Aspergillus na descoloração de corantes têxteis. O primeiro capítulo corresponde a uma análise cienciométrica de artigos indexados nas bases Web of Science, PubMed e Scopus, que revelou 174 documentos ao longo de 26 anos, indicando que, embora o tema seja reconhecido academicamente, há um baixo índice de publicações. As pesquisas tiveram foco principalmente na descoloração por biossorção e biodegradação, com destaque para Aspergillus niger e Aspergillus flavus, além de uma tendência crescente no uso de enzimas lignolíticas e métodos combinados. Com base nos dados, foi possível identificar tendências e lacunas no conhecimento, o que pode direcionar futuras pesquisas. O capítulo 2 segue a mesma linha de revisão, no entanto, numa metodologia sistemática. Esta revisão abordou o potencial desses fungos, avaliando mecanismos, otimizações e a influência das condições físico-químicas e biológicas. A busca incluiu as bases Pubmed, Web of Science e Science Direct, onde foram avaliados 25 artigos de pesquisa. Foram descritas 12 espécies de Aspergillus na descoloração de corantes e as principais classes biorremediadas foram azo e antraquinona, com taxas de descoloração acima de 85%. A biodegradação foi o principal mecanismo identificado, com lacase, lignina peroxidase, manganês peroxidase e glicose oxidase como enzimas chave. O capítulo 3 é referente a descoloração do corante tetra azo Direct Black 22 (DB22) a partir de 15 linhagens de AspergillusAspergillus japonicus URM 5620, Aspergillus niger URM 5741 e Aspergillus niger URM 5838 se destacaram. A biomassa mesmo sem peletização foi capaz de remover de forma eficiente o corante, a biomassa viva foi 59% mais eficiente que a biomassa morta. A descoloração foi eficaz com 1g de biomassa, removendo mais de 90% do corante em menos de 60 minutos, e completamente com 5g em 10 minutos. A biomassa foi reutilizada com sucesso por três ciclos, sendo A. niger URM 5741 o mais resistente. Todas as descolorações foram realizadas em até 2 horas, removendo completamente o corante em condições ideais. Por último, no 4° capítulo foi aplicada a biomassa de Aspergillus tamarri Kita UCP 1279 na descoloração do DB22. O objetivo principal foi caracterizar a biomassa para aplicações industriais. As melhores condições para descoloração foram pH 4, 30°C, 25-125 mg/L de corante e 3g de biomassa, com descolorações superiores a 90%. A modelagem cinética e isotérmica indicou que a biossorção segue o modelo de pseudo-segunda ordem e a isoterma de Langmuir, sugerindo quimissorção em monocamada. A caracterização estrutural da biomassa revelou que os sítios de ligação são adequados para a adsorção de corantes aniônicos como o DB22. A biomassa descoloriu a solução de corante em 67,12% após 5 ciclos consecutivos. O corante foi parcialmente dessorvido por eluentes alcalinos, permitindo a recuperação da biomassa e do corante numa reciclagem completa. Esses resultados mostram que Aspergillus não apenas é eficiente na remoção de corantes tóxicos, mas é também como uma solução viável, ecológica e promissora para mitigar o impacto da indústria têxtil sobre os ecossistemas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ALICE MARIA GONÇALVES SANTOS - UFPI
Presidente - ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
Externo à Instituição - PÁBLO EUGÊNIO DA COSTA E SILVA - UFRPE
Interna - RAQUEL PEDROSA BEZERRA
Externo à Instituição - THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO - UFPI
Notícia cadastrada em: 26/07/2024 18:12
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