Banca de DEFESA: RENATA ANDREIA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RENATA ANDREIA DOS SANTOS
DATA : 26/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

PRODUÇÃO DE PIGMENTOS E BIOSSURFACTANTE POR CO-CULTIVO DE Serratia marcescens E Tetradesmus obliquus


PALAVRAS-CHAVES:

Bactéria, Microalgas, Pigmentos, Co-cultura, Biossurfactante


PÁGINAS: 185
RESUMO:

Os produtos naturais como pigmentos microbianos e biossurfactantes têm chamado atenção por serem atóxicos, sustentáveis e renováveis. Contudo, a produção de biopigmentos e biossurfactante ainda é limitada, devido ao baixo rendimento e elevado custo de produção. A Serratia marcescens e a Tetradesmus obliquus foram investigadas quanto à produção de prodigiosina, carotenoide, clorofila e biossurfactante, em co-cultivo como uma estratégia para aumentar a produtividade de pigmentos e biossurfactante. A produção dessas biomoléculas foi realizada em monocultivo e co-cultivo usando meios alternativos como método sustentável de forma a comparar o modo de cultivo. O monocultivo da T. obliquus foi realizado em meio padrão BG 11 (Meio 1) e em meio BG 11 suplementado com farelo de trigo (5%) e óleo de soja pós fritura (OSPF) a 5% (Meio 2). O monocultivo da S. marcescens foi realizado no meio 2 e o co-cultivo em meio 1 e 2, nos quais foram utilizados para a determinação dos parâmetros cinéticos, concentração celular, velocidade de crescimento específica máxima e produtividade celular máxima. Após 48h, o líquido livre de células foi utilizado para avaliar a tensão superficial e a área de deslocamento de óleo (ODA). A partir da melhor condição, foram analisadas a tensão interfacial e o índice de emulsificação. O biossurfactante foi isolado por precipitação ácida e submetido à caracterização preliminar, testes de estabilidade e fitotoxicidade e aplicação na remoção de óleo de motor queimado de conchas de moluscos. No final do cultivo, a biomassa foi concentrada e os pigmentos carotenoide, clorofila e prodigiosina foram extraídos utilizando diferentes solventes (metanol, etanol e acetona). Após selecionar o solvente de extração de pigmentos, estes foram avaliados em relação a temperatura (0, 10, 50, 70 e 100ºC), pH (2, 4, 6, 8, 10 e 12) e NaCl (5, 10, 15 e 20%) e fitotoxicidade em sementes de pepino (Cucumis sativus) e alface (Lactuca sativa). A microalga T. obliquus em monocultivo no meio padrão BG 11 apresentou uma maior concentração de células (Xmax = 398 ± 3 104 células/mL), com um valor de Xmax três vezes maior que as outras condições de cultivo; velocidade de crescimento específica (µmax = 0,131 d−1), produtividade celular máxima (PX = 34,63 104 células/mL/d) e carotenoide de 36 mg/g extraído com etanol e de clorofila 248 mg/g extraído com acetona. A bactéria S. marcescens obteve maior crescimento no co-cultivo com T. obliquus em BG11, farelo de trigo e OSPF com Xmax (18 ± 1 104 UFC/mL) e uma maior produção de prodigiosina 760 mg/g com o solvente etanol. Vale destacar que a produção de prodigiosina foi maior no co-cultivo do que no monocultivo. Além de serem estáveis a diferentes valores de temperatura, pH e NaCl e atóxicos. Os resultados demonstraram que o co-cultivo apresentou melhor condição para produção de biodispersante, com valores de tensão superficial (26,6 mN/m), ODA (50,24 cm2), tensão interfacial (1,0 mN/m) e índice de emulsificação (96%). O rendimento do biossurfactante foi 1,75 g/L, e apresentou natureza aniônica e lipopeptídica, bem como estabilidade em pH alcalino e em ampla faixa de temperatura e salinidade. Além disso, demonstrou ser atóxico frente a sementes de pepino e alface e apresentou 100% de eficiência na lavagem de conchas de moluscos impregnadas com óleo de motor queimado. Assim, o co-cultivo de S. marcescens e T. obliquus utilizando substratos agroindustriais representa uma tecnologia inovadora e sustentável para produção de pigmentos e biodispersante com aplicação industrial. Palavras chaves: Bactéria, Microalgas, Pigmentos, Co-cultura, Biossurfactante.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - RAQUEL PEDROSA BEZERRA
Interna - ***.451.344-** - JULIANA MOURA DE LUNA - UFPE
Externo à Instituição - CLÁUDIO JOSÉ GALDINO DA SILVA JUNIOR - UFRPE
Externa à Instituição - DAYANA MONTERO RODRÍGUEZ - UNICAP
Externa à Instituição - RITA DE CASSIA FREIRE SOARES DA SILVA
Notícia cadastrada em: 17/02/2025 13:42
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