DESENVOLVIMENTO DE NAFTOXAZÓIS DERIVADOS DE NAFTOQUINONA DE ORIGEM VEGETAL E AVALIAÇÃO DA SUA APLICABILIDADE COMO SONDA FLUORESCENTE DE DNA.
Detecção de DNA, corante fluorescente, anel oxazol
A detecção de DNA por eletroforese é uma técnica comum nos laboratórios de biologia molecular. O brometo de etídio (BE) é frequentemente utilizado como sonda fluorescente de DNA na eletroforese em géis de agarose. Contudo, o BE é mutagênico, necessitando de condições especiais de manuseio, transporte e descarte, o que aumenta seu custo de uso. Nesse sentido, torna-se necessária a pesquisa de novas sondas fluorescentes de DNA com menor risco de toxicidade à saúde humana e ao ambiente. Este estudo objetivou sintetizar, estabelecer a estrutura molecular e avaliar a aplicabilidade de novos naftoxazóis derivados de naftoquinona de origem vegetal como sonda fluorescente de DNA. Os compostos foram obtidos por semissíntese empregando o lapachol como reagente de partida via reação de DebusRadziszewski em um processo one-pot. Os naftoxazóis tiveram suas estruturas elucidadas por meio da análise combinada dos espectros de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) 1D e 2D. Os naftoxazóis foram avaliados quanto a interação com o DNA por espectroscopia UV–Vis. Os estudos de ligação ao DNA foram realizados monitorando as mudanças nas propriedades de absorção dos naftoxazóis na ausência e presença de CT-DNA em diferentes concentrações em meio 5% DMSO/tampão TrisHCl (pH 7,4). Os resultados deste estudo mostraram que os naftoxazóis propostos apresentam comportamento de interação com o DNA, em razão das mudanças nas propriedades de absorção desses compostos frente a concentrações crescentes de DNA. Os resultados obtidos sugerem que os naftoxazóis interagem com o DNA por contato externo, mais especificamente por ligação aos sulcos. Estes resultados mostram que os naftoxazóis são candidatos com potencial para uso como sondas fluorescentes de DNA.