Banca de DEFESA: TIAGO FEITOSA RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TIAGO FEITOSA RIBEIRO
DATA : 30/08/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E EFEITO FARMACOLÓGICO DAS FOLHAS DE Momordica charantia L. NO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE ROEDORES.


PALAVRAS-CHAVES:

Momordica charantia, Melão amargo, asma, febre, tosse.


PÁGINAS: 14
RESUMO:

A espécie Momordica charantia, conhecida popularmente como melão-de-São-Caetano ou melão amargo, é uma planta trepadeira da família Cucurbitaceae. Originária de regiões tropicais e subtropicais da Ásia, África e Caribe, esta espécie é amplamente utilizada na medicina tradicional devido às suas propriedades terapêuticas. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito do extrato etanólico das folhas de Momordica charantia (EEMc) no sistema respiratório de roedores. O EEMc foi caracterizado utilizando cromatografia em camada delgada (CCD), cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (CL-EM) e cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a arranjo de diodo (CLAE-DAD). Em seguida, foram conduzidos testes de toxicidade aguda e subcrônica para avaliar a segurança do extrato. Para investigar os efeitos no sistema respiratório, foram realizados ensaios de tosse induzida por ácido cítrico em camundongos, atividade expectorante utilizando marcador vermelho de fenol no lavado broncoalveolar, atividade antipirética induzida por Saccharomyces cerevisiae, atividade antiasmática induzida por ovalbumina e efeito broncodilatador em anéis isolados de traqueia. O EEMc apresentou antraquinonas e saponinas como classes de metabólitos mais abundantes no extrato, além de alcaloides, compostos fenólicos, cumarinas, derivados antracênicos, lignanas, taninos hidrolisáveis, mono, sesqui e diterpenos na análise por CCD. Os flavonoides isoquercetina e astragalina foram identificados por CL-EM e CLAE-DAD. A administração da dose única de 2000mg/kg do EEMc, resultou
em hepatomegalia em camundongos de ambos os sexos, bem como um aumento significativo na massa corpórea das fêmeas. Contudo, não foram observados casos de mortalidade em nenhum dos grupos testados, indicando que a DL50 do EEMc é superior a 2000mg/kg. Na avaliação da toxicidade subcrônica do EEMc nas doses de 30, 100 e 300mg/kg, não foram observadas alterações significativas nos parâmetros corporais e organométricos, bem como nos perfis bioquímicos, hematológicos e comportamentais dos animais. O EEMc apresentou atividade expectorante na dose de 300mg/kg, facilitando a eliminação de secreções respiratórias. Nas doses de 100 e 300mg/kg, apresentou propriedades antiasmáticas, evidenciadas pela redução da eosinofilia, e efeitos antitussígenos, atenuando a tosse induzida. O extrato foi eficaz na redução da temperatura corporal em todas as doses testadas (30, 100 e 300mg/kg). Além disso, o EEMc mostrou efeito relaxante significativo em anéis de traqueia, possivelmente mediado pela modulação dos canais de K+ e pelo óxido nítrico, sugerindo um potencial broncodilatador. Esses resultados indicam que o EEMc possui um perfil multifuncional promissor para o tratamento de distúrbios respiratórios.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSÉ MARCOS TEIXEIRA DE ALENCAR FILHO - UFBA
Presidente - ***.220.794-** - LARISSA ARAÚJO ROLIM - UNIVASF
Externo à Instituição - LUCIANO AUGUSTO DE ARAÚJO RIBEIRO - UNIVASF
Interna - ***.067.303-** - MARIA HELENA TAVARES DE MATOS - UECE
Externo à Instituição - PEDRO MODESTO NASCIMENTO MENEZES
Notícia cadastrada em: 12/08/2024 14:38
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