Banca de QUALIFICAÇÃO: ALEXANDRE AUGUSTO PAREDES SELVA FILHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALEXANDRE AUGUSTO PAREDES SELVA FILHO
DATA : 29/02/2024
HORA: 16:00
LOCAL: Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação - IATI
TÍTULO:

Produção de um Biossurfactante para formulação de desengraxante ecológico com aplicação no tratamento de ambientes contaminados por petroderivados (BIOGRAXA)


PALAVRAS-CHAVES:

derramamentos; óleos; biossurfactante; Starmerella bombicola e biodesengraxante.


PÁGINAS: 154
RESUMO:

Os derramamentos de combustíveis e de óleos lubrificantes que ocorrem durante abastecimentos de máquinas, tanques de armazenamento e a lavagem de equipamentos são os principais causadores do acúmulo de petroderivados no meio ambiente. Dessa forma, a aplicação de agentes naturais surge como solução atrativa e eficiente nesse processo. Em virtude de suas estruturas anfipáticas, os biossurfactantes solubilizam o óleo através da formação de pequenos agregados os quais se dispersam na água. Nesse sentido, as propriedades tensoativas do biossurfactante da levedura Starmerella bombicola ATCC 222214 foram investigadas, assim como sua estabilidade em diferentes níveis de pH, temperatura e concentrações de NaCl. A ecotoxicidade do tensoativo foi estudada para bioindicadores como, Brassica oleracea e Solanum lycopersicum, visando seu uso na remoção de poluentes ambientais em areia e água do mar, na inibição da corrosão metálica e na formulação de um biodesengraxante ecológico. O substrato selecionado para produção do tensoativo conteve 2% de farinha de batata inglesa, 5% de óleo de canola residual e 0,2% de ureia em meio mineral. As condições de cultivo selecionadas foram a velocidade de agitação de 200 rpm, tempo de fermentação de 180 horas e tamanho do inóculo de 5%. O rendimento de produção de biossurfactante isolado foi de 7,714 kg/L e a taxa de emulsificação do óleo OCB1 foi de 65,55% e de apenas óleo motor alcançou 95%, indicando grande afinidade do surfactante microbiano pelos óleos. Os testes de estabilidade do surfactante microbiano demonstraram pouca variação em sua tensão superficial para todas as condições testadas, variando de 27,14 a 31,08 mN/m. A Concentração Micelar Crítica (CMC) vegetal foi de 2,0 g/L com uma tensão superficial nesse ponto de 33,26 mN/m. O biossurfactante provou ser praticamente atóxico para os bioindicadores testados. Além disso, o tensoativo removeu 94,39% de contaminante hidrofóbico no meio ambiente e inibiu de forma eficaz a corrosão metálica. O tensoativo está sendo avaliado como componente da formulação de um desengraxante ecológico capaz de limpar de forma rápida os resíduos de óleo combustível impregnados em peças de equipamentos industriais. O biossurfactante em estudo vem demonstrando claramente a viabilidade de sua aplicação como aditivo biotecnológico para os processos de remediação ambiental e para manutenção da limpeza do ambiente industrial, melhorando as condições de trabalhado para os operadores responsáveis, com ganhos econômicos para as indústrias de diferentes seguimentos no país.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ITALO JOSÉ BATISTA DURVAL - UFRPE
Externa à Instituição - RAQUEL DINIZ RUFINO - UNICAP
Interno - ***.743.104-** - VALDEMIR ALEXANDRE DOS SANTOS - UNICAP
Notícia cadastrada em: 07/02/2024 11:24
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