Banca de DEFESA: ANA PAULA MELO BIONE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA PAULA MELO BIONE
DATA : 30/10/2023
HORA: 08:30
LOCAL: google meet
TÍTULO:

PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE E LIPÍDEOS POR Mucor circinelloides UCP 0018 ISOLADO E EM CO-CULTIVO COM Chlorella vulgaris UTEX 1803 UTILIZANDO SUBSTRATOS AGROINDUSTRIAIS.




PALAVRAS-CHAVES:

Microalga, Mucorales, Tensoativo, Ácidos graxos, Metabólitos, Cultura mista.


PÁGINAS: 145
RESUMO:

O co-cultivo com microalgas vem sendo uma alternativa sustentável e promissora para a produção de biomassa e vários de metabólitos de importância industrial. Neste sentido, estudos foram realizados com o potencial da cultura axênica do fungo filamentoso Mucor circinelloides UCP 0018, bem como, em co-cultivo com a microalga Chlorella vulgaris UTEX 1803, na transformação dos substratos alternativos milhocina e glicerol bruto na produção de biossurfactante e lipídeos, considerando como estratégia promissora, complementaridade no metabolismo desses micro-organismos. Os bioprodutos foram obtidos em meio de produção contendo os resíduos agroindustriais glicerol bruto (9%) e milhocina (9%), incubado por 120 h, mantido sob aeração constante de (bomba peristáltica), em fermentação submersa estática e temperatura ambiente (28oC). A primeira etapa do estudo, ocorreu com a produção de biossurfactante pelo M. circinelloides exibindo tensão superficial com redução da água de 72mN/m para 29,7 mN/m. Além disso, o biotensoativo demonstrou eficiente capacidade de formar emulsão, com índice de emulsificação (EI24) de 98% com óleo de motor queimado. A análise preliminar apresentou uma natureza polimérica do biossurfactante, constituído por 55,7% de carboidratos, 28,2% de lipídeos e 16,1% de proteínas. A biomolécula exibiu caráter aniônico e uma diluição micelar crítica (DMC) de 50%. Adicionalmente, o biotensoativo foi estável em diferentes de temperaturas, pH e concentrações de NaCl. Dando continuidade, estudos foram dirigidos para a produção de biossurfactante a partir do co-cultivo M. circinelloides e C. vulgaris. O biossurfactante produzido foi identificado como um glicolipídio, exibindo uma composição de 46,1% de carboidratos e 53,9% de lipídeos, com uma notável capacidade de reduzir a tensão superficial, de 72 para 28,1 mN/m, concentração micelar crítica (CMC) de 1,25 g/L, caráter aniônico e rendimento de 3,89 g/L. Os bioprodutos foram avaliados quanto a segurança ecológica e testes de toxicidade utilizando Daphnia magna e Artemia sp., bem como na indução da germinação de sementes de couve (Brassica oleracea var. acephala). Os resultados indicaram inexistência de efeitos tóxicos, sugerindo que o biossurfactante produzido em co-cultivo é ecologicamente amigável e com potencial de aplicação em diversas áreas do conhecimento, em especial na agricultura. As investigações finais foram dirigidas para a produção de lipídios por ambos micro-organismos C. vulgaris, cultivada em meio Bold modificado produziu 1,315 g/L de biomassa que acumulou com 72% de lipídios totais. M. circinelloides, ao ser cultivado em glicerol bruto (9%) e milhocina (9%), acumulou 20,438 g/L de biomassa e 69% de lipídios totais. No processo de associação desses micro-organismos em co-cultivo foi produzido 24,9 g/L de biomassa e 72% de lipídios sob fermentação estática. Quanto à composição lipídica, o M. circinelloides apresentou ácidos graxos saturados (14,41%), monoinsaturados (7,58%) e poli-insaturados (78,01%), ressaltando o potencial em ômega 6 (ácido linoleico, C18:2) e ômega 3 (ácido alfa-linolênico, C18:3). C. vulgaris revelou elevado potencial para produção de ômega 6 (ácido araquidônico, C20:4). Os lipídios produzidos em co-cultivo apresentaram FAM=14,22% e PUFA=85,78%, sendo promissores em ômega 6 (ácidos linoleico e gama-linolênico) e ômega 3 (ácido alfa-linolênico). Os resultados promissores obtidos demonstraram o elevado valor e sustentabilidade dos bioprocessos na obtenção dos óleos microbianos oriundos do co-cultivo de M. circinelloides e C. vulgaris para aplicações nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética, destacando-se ainda, a produção sustentável e ecologicamente correta da molécula do futuro biossurfactante.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
Presidente - ***.501.554-** - GALBA MARIA CAMPOS TAKAKI - UPE
Interna - ***.451.344-** - JULIANA MOURA DE LUNA - UFPE
Externo ao Programa - 1646614 - MARCOS ANTONIO BARBOSA DE LIMA - nullExterna à Instituição - ROSILEIDE FONTENELE DA SILVA ANDRADE - UNICAP
Notícia cadastrada em: 26/10/2023 12:03
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