BIORREMEDIAÇÃO DE CORANTES E EFLUENTES TÊXTEIS POR CEPAS DE Aspergillus ISOLADAS DO SOLO DA CAATINGA, BRASIL
Biossorção, Biodegradação, corantes têxteis, Enzimas lignolíticas, biomassa peletizada.
Aspergillus são fungos filamentosos com alto potencial industrial, devido sua rápida adaptação a condições ambientais e nutricionais, e bioprodutos produzidos a partir desses fungos têm sido aplicados em fármacos, alimentos e cosméticos. Nos últimos anos despertou importante interesse para biorremediação, degradando, acumulando e/ou adsorvendo contaminantes a partir de seu metabolismo ou biomassa. Visando o potencial desses fungos, uma revisão sistemática sintetizou a análise de 25 artigos que aplicaram Aspergillus como agentes biorremediadores de corantes industriais. Foram reportadas 12 espécies diferentes no tratamento de corantes, principalmente das classes azo e antraquinona, com descolorações acima de 85%. Os mecanismos descritos foram de biodegradação e biossorção e os fatores físico-químicos que mais interferiram nos processos foram concentração do corante, pH, temperatura e fonte de carbono. Esses resultados direcionaram a pesquisa experimental, onde a biomassa e o metabolismo de Aspergillus isolados do solo da Caatinga, Brasil, foram explorados para descolorir, biossorver e biodegradar corantes empregados no Polo têxtil e de confecções do Agreste pernambucano. Os corantes estudados foram: Direct Black 22, Congo Red e Amido Black 10B, todos aplicados a uma concentração de 50 mg/L. Foram analisados a influencia de pH, temperatura e quantidade da biomassa, perfil de dessorção e a atividade de enzimas lignolíticas, apresentados em dois capítulos. Em todos os casos os fungos foram capazes de descolorir acima de 95% do corante em até 5 horas.