Banca de DEFESA: PAULO HENRIQUE DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAULO HENRIQUE DA SILVA
DATA : 28/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: google meet
TÍTULO:

PIGMENTOS ELETROGÊNICOS ISOLADOS DE FUNGOS DO BIOMA CAATINGA E SURFACTANTES APLICADOS COMO MEDIADORES ELETROQUIMICOS PARA A GERAÇÃO DE ENERGIA.

PALAVRAS-CHAVES:

Célula a combustível microbiana, pigmento fúngico, mediador eletroquímico, bicaverina, vermelho congo, surfactantes , biossurfactante

PÁGINAS: 90
RESUMO:

A Célula a combustível microbiana (CCM) é um dispositivo que gera energia elétrica a partir de processos bioquímicos utilizando micro-organismos ou enzima, em seus compartimentos catódico e anódico, e se apresenta como uma alternativa ambientalmente amigável e viável. Mediadores eletroquímicos são substâncias que apresentam capacidade de reduzir e oxidar (sistema redox), a fim de servir como meio de transporte
para elétrons nas CCM otimizando o processo de geração de energia. Neste trabalho foi realizado inicialmente, a produção de pigmentos vermelho por AspergIllus sp. UCP1349 e verde por Penicillium sp. UCP1152, fungos isolados de solos do bioma caatinga, sendo avaliados em função das propriedades redox como mediadores eletroquímicos em uma CCM. As análises foram realizadas através de ciclovoltametria dos pigmentos com
soluções de KCl e de H3PO4, como analitos de suporte, com um potencial de varredura de- 1,0V a 1,0V, velocidade de 0,1Vs-1 eM um sistema composto por três eletrodos: eletrodo de trabalho de carbono vítreo; contra eletrodo de fio de platina; eletrodo de referência Ag/AgCl (KCl). Os resultados das análises mostraram que os pigmentos apresentam pares redox para aplicação como mediadores eletroquímicos. Os pigmentos foram
introduzidos em um cátodo de 200ml em três concentrações diferentes (1mg/L, 2mg/L e 5mg/L) da CCM contendo a enzima lacase comercial DE Trametes versicolor a 200 U/L-1. O ânodo de 100ml foi preenchido com ferrocianeto de potássio a 20mM. Os resultados obtidos sugerem que as enzimas muito ativas e os pigmentos isolados dos fungos estudados geram a possibilidade futura de um sistema acoplado de dois ou mais microorganismos eletroativos. Estudos foram conduzidos com o pigmento natural bicaverina isolado de Fusarium oxysporum UCP 1624, com o objetivo de demonstrar a capacidade eletroativa no transporte de elétrons, sendo comparado com vermelho congo (pigmento sintético), como mediadores eletroquímicos em uma CCM. Investigações inovadoras foram realizadas com surfactantes sintéticos (Triton x-100, Tween 80 e Tween 20) e com biossurfactante polimérico isolado de Issatchenkia orientalis UCP1603, a fim de avaliar a capacidade de transporte de elétrons como mediador eletroquímico, em câmara catódica e avaliar uma possível aplicação futura em biorremediação, considerando uma ação simultânea no sistema interior, com geração de energia em uma CCM, cujos resultados obtidos fazem parte de um deposito de propriedade intelectual. Foi utilizada uma célula a combustível microbiana com compartimento catódico e um anódico, ambos com 200 mL de volume contendo um eletrodo placa de grafite explodido com área de 9 cm² cada. O cátodo com uma solução contendo Lacase comercial de Trametes versicolor com 10 ppm das substâncias analizadas, e um anodo com uma solução de ferrocianeto de potássio a 20 mmol.L-1. Como sistema de troca catiônica foi utilizada uma ponte salina de 5 cm em ágar com KCl a 3M ligando os dois compartimentos. Os resultados mostraram um aumento na geração energética das células com a aplicação das substancias estudadas como mediadores eletroquímicos. O vermelho congo, se destacou como a maior produção energética de 273 mA.Cm-2, porém foi pouco estável além de elevada toxicidade e degradação pela Lacase. A bicaverina apresentou uma queda mais branda com valor enegético de 230 mA.Cm-2 e uma eficiencia, demonstrando assim, maior estabilidade. Entre os surfactantes químicos, o Triton x-100 demosntrou maior valor energético de 235 mA.Cm-2, além da maior estabilidade em relação ao tween 20 e tween 80. O biosurfactente apresentou a menor resposta energética com 177 mA.Cm-2, porém sua produção pode ser associada a possibilidade futura de produção in situ na CCM, mostrando potencial de utilização a longo prazo.

MEMBROS DA BANCA:
Interna - 384972 - ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
Presidente - 002.501.554-00 - GALBA MARIA CAMPOS TAKAKI - UPE
Externo ao Programa - 1646614 - MARCOS ANTONIO BARBOSA DE LIMA
Externa à Instituição - ROSILEIDE FONTENELE DA SILVA ANDRADE
Interno - 079.743.104-72 - VALDEMIR ALEXANDRE DOS SANTOS - UNICAP