ATIVIDADE ACARICIDA DE NANOEMULSÕES FORMULADAS À BASE DO ÓLEO ESSENCIAL DA Melaleuca leucadendra E DO (E)-NEROLIDOL SOBRE O Tetranychus urticae.
Palavras-chave: Óleo essencial, Melaleuca leucadendra, nanoemulsão, estabilidade, atividade acaricida
O uso de nanoemulsões para incorporação de óleos essenciais como princípio ativo tem sido cada mais vez evidenciado. Os sistemas de liberação controlada para direcionada para aplicações agrícolas contra pragas que trazem grandes prejuízos econômicos está se tornando cada vez mais aplicado tendo em vista que os óleos essenciais apresentam algumas características que limitam suas aplicações. O processo de degradação oxidativa, baixa solubilidade, resíduos nos solos e o excesso de aplicações são uns dos motivos que mais evidenciam a procura por um sistema alternativo de liberação controlada. As nanoemulsões (NE) são definidas como dispersões de gotículas que vão o diâmetro inferior a ~500 nm (0,5 μm), conferindo um aspecto claro ou translúcido que serão caracterizadas como dispersões termodinamicamente instáveis de óleo e água que se formam de forma mecânica. Diante disso, o trabalho tem como objetivo desenvolver nanoemulsões com óleo essencial de Melaleuca leucadendra e do composto (E)- Nerolidol avaliando, portanto, a estabilidade físico-química do óleo essencial nanemulsionado e a sua atividade acaricida frente a praga Tetranychus urticae. No desenvolvimento das formulações foram empregadas concentrações de 10% e 20% do óleo essencial/composto, com várias combinações de tensoativos não-iônicos, como o Span 80® - Monoleato de Sorbitan e Tween 80® - Polisorbato. As melhores respostas de formulações de formulações do óleo essencial e do composto (E)-Nerolidol foi com o percentual de 10%. As nanoemulsões nas proporções ML4 e NE4 (óleo e composto, respectivamente) foram as mais estáveis pois se mantiveram homogênea durantes os testes de estabilidade. Os melhores percentuais de encapsulamento em condições de estresses foram pela radiação UV onde a nanoemulsão do óleo apresentou 68,77% e a nanoemulsão do composto 93,09%. As nanoemulsões nas proporções ML4 e NE4 se mostraram tóxicas frente a praga Tetranychus urticae por meio do bioensaio de contato residual, em que os ácaros são colocados em folhas já tratadas, apresentando as CL50 = 4,96 μL/mL (ML4) e CL50 = 5,39 μL/ml (NE4). No bioensaio de repelência, a nanoemulsão do óleo essencial apresentou atividade em todas as concentrações testadas, com melhor resultado na CL10 0,84 μL/mL relação ao Azamax.