Estudo fitoquímico de espécies do gênero Protium e seu uso como fonte alternativa de inseticidas para o controle da Plutella xylostella
Potencial inseticida; Composição química; Atividade antioxidante; Óleos essenciais; Protium; Plutella xylostella.
Plutella xylostella L. é uma das principais pragas agrícolas que ataca plantações de crucíferas cultivadas em todo o mundo. Essa praga vem desenvolvento resistência contra a quase todos os inseticidas químicos comerciais, tornando-a uma das pragas de campo mais problemáticas no Brasil. As espécies Brássicas oleracea L. da família das brassicaceae é o principal alvo dessa praga, pois acometem as plantações de repolho, brócolis e couve-de-folhas causando danos ao produto final. Por conta disso, ocorre uma bateria de aplicações de inseticidas para seu controle, gerando prejuízo ao produtor, contaminação acima do limite permitido nos alimentos e ao solo. Os óleo essenciais naturais de plantas podem ser uma alternativa segura para pragas agrícolas. O desenvolvimento e a produção de óleos essenciais diminuem os efeitos negativos dos produtos químicos sintéticos. O presente trabalho tem por objetivo, investigar o potencial inseticida dos óleos essenciais das folhas de diferentes espécies de Protium, sobre a traça das crucíferas, Plutella xylostella, além de relatar sua ação antioxidante e composição química. Os óleos exibiram rendimento que variam de 0,04% a 0,30%, além de serem identificados com elevado perfil de sesquiterpenos. O espatulenol (32,76%) foi identificado como constituinte majoritário no óleo de P. aracouchine, Já o β-cariofileno foi o constituinte principal no óleo de P. giganteum (27,70%) e P. heptaphyllum (22,38%). O oxido de cariofileno (46,0%) foi idenficado como o principal constituinte do óleo da P. ovatum. Já o biciclogermacreno foi identificado como o principal constituinte dos óleos da P. grandifolium (26,77%) e P. tenuifolium (23,98%). No teste de DPPH˙ o óleo P. heptaphylum apresentou um maior potencial de atividade antioxidante. Para o teste com o radical ABST˙+ o óleo P. giganteum foi o mais promissor entre os outros óleos. Os resultados obtidos por meio do bioensaio de toxicidade larval demonstraram que os óleos de P.ovatum, P. aracouchine e P. giganteum se mostraram tóxicos frente às larvas de P. xylostella. O óleo das folhas de P. ovatum se mostrou 3 vezes mais tóxico comparado com os outros óleos analizados.