DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE UM NOVO COMPLEXO DE ÓXIDOVANÁDIO(4+) CONTENDO TAURINA E ASCORBATO
diabetes mellitus, vanádio, oxidovanádio, toxicidade, taurina e ascorbato.
Nos últimos anos, os compostos de vanádio têm despertado grande interesse, devido a gama de propriedades biológicas que seus complexos possuem, com alto potencial para o desenvolvimento de drogas com ação antitumoral, antiviral, antioxidante e principalmente anti-hiperglicêmica e/ou antidiabética. Esse trabalho propôs a síntese e a caracterização de um novo composto de oxovanádio (4+) contendo taurina e ascorbato como ligantes, assim como, avaliar o seu potencial toxicológico in vitro e in vivo. O complexo obtido foi codificado como [VIVO(tau)(asc)], com fórmula mínima [VIVO(C2H6NO3S)(C6H7O6)], cuja estrutura foi confirmada pelas técnicas de espectroscopia na região do infravermelho, pela presença de estiramento νV=O em 943 cm-1, ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H (δ(ppm)= 3.11, 3.32, 3.67-3.60, 4.85) e 13C (δ(ppm): 35.33, 47.35, 62.03, 68.85, 76.16, 117.71, 115.62, e 173.24) e espectrometria de massas (ESI-FT-MS) (M= C8H13O10NSV+, m/z=365,97, e (M+1= C8H14O10NSV+, m/z=366,97). A ausência de sinal no RMN 51V alinhado com as 8 linhas hiperfinas do espectro de EPR, confirmam a obtenção de um composto de coordenação de oxovanádio (4+) com alta estabilidade em solução aquosa. O ensaio de toxicidade aguda via oral, segundo o protocolo OECD 423 determinou que o composto se enquadrava na categoria 4 (estimativa de DL50 entre 300 e 2000 mg kg-1). Os ensaios bioquímicos e hematológicos não demonstraram diferença significativa (p<0,05) dos grupos tratados em relação ao grupo controle, indicando que o composto não apresentou nefrotoxicidade nem hepatotoxicidade nas doses testadas. Os resultados indicam que o [VIVO(tau)(asc)] pode ser um potencial candidato à fármaco anti-hiperglicemiante, e com baixa toxicidade. Entretanto, o perfil toxicológico do composto precisa ser investigando mais profundamente devido ao resultado de CL50 = 1,198 ug/mL frente aos náuplios de A. salina.