DERIVADOS DO NEROLIDOL COMO ALTERNATIVA DE INSETICIDAS PARA O CONTROLE DA Tetranychus urticae
(E)-nerolidol, Melaleuca leucadendra, acaricida
Diversos óleos essenciais apresentam atividade inseticida, como o óleo de M. leucadendra, que possui em sua composição o (E)-nerolidol como composto majoritário. Este composto apresenta diversas atividades biológicas tais como: antimicrobiana, anti-inflamatória, inseticida e acaricida. Como a obtenção do (E)-nerolidol pode ser de forma natural através do óleo de M.leucadendra e esse composto já possui atividade acaricida, alterações na sua estrutura podem promover uma melhor potencialização nessa atividade. Algumas reações já relatadas na literatura que promovem maior toxicidade ao mecanismo de ação da molécula foram testadas na molécula do (E)-nerolidol, como reações de hidrogenação, acetilação, sililação e também epoxidação. As reações apresentaram rendimentos esperados e os compostos poderam ser caracterizados. Comparado ao efeito acaricida do substrato trabalhado o (E)-nerolidol, o composto (E)-nerolidol- hidrogenado derivado da reação de hidrogenação apresentou maior afeito tóxico ao ácaro rajado. Os compostos também foram submetidos ao teste de inibição da enzima acetilcolinesterase (AChE), sendo essa enzima quando inibida pelos inseticidas, pode provocar o acúmulo da acetilcolina nas sinapses levando a consequências fatais como paralisia muscular, coma e morte de pragas. Entretanto os compostos semissintéticos que não apresentam inibição da AChE podem ser vantajosos na utilização de inseticidas, uma vez que não causam danos ao ser humano. Os que apresentaram melhores resultados foram os (E)-nerolidol /Sililado e Acetilado/epoxidado, comparado ao controle positivo Cloridrato de donezepila.