DE PATACAS A DOBRÕES: O fluxo de moedas metálicas na capitania de Pernambuco durante a primeira metade do Séc. XVIII
Moeda, Lei de 4 de agosto de 1688, Capitania de Pernambuco, Economia atlântica.
O ouro e a prata são metais que foram desde o início objetos de desejo e busca de Portugal ao colonizarem as terras americanas. Nesta dissertação, investigamos a questão do numerário em Pernambuco na primeira metade do século XVIII e como se deu, na capitania, a influência proporcionada pela política monetária portuguesa. O recorte temporal abrange desde a promulgação da Lei de 4 de agosto de 1688 até o final da primeira metade do século XVIII. Procurando entender igualmente a circulação e o quantitativo de moedas no meio circundante colonial, também abordaremos previamente as reformas de D. Sebastião passando pela restauração portuguesa, vislumbrando o contexto econômico Europeu durante o século XVII. Passamos então a nos debruçar na Lei de 4 de agosto de 1688, parte de uma tentativa da Coroa portuguesa de controlar a circulação de moedas cerceadas e sua relação com a posterior criação da casa da moeda itinerante, com enfoque em sua passagem na capitania pernambucana. Da mesma forma, analisamos qual fora a intenção da Coroa e, também, a reação colonial à nova política monetária e à criação da Casa da Moeda itinerante, principalmente sua breve estadia em Pernambuco. Ou seja, compreender o impacto do estabelecimento da casa da moeda na capitania na resolução dos problemas de numerário até então vigentes, investigado a partir das Leis e ordenações e de cartas enviadas ao Conselho Ultramarino. Até o momento, pode-se afirmar que a breve operação da Casa da Moeda não solucionou, a médio prazo, os problemas de numerário até então vigentes em Pernambuco.