PUNKS NO RECIFE-PE: IDENTIDADES E REPRESENTAÇÕES NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990
Punk; Identidades; Cultura; Memória; Representações
Este trabalho teve como objetivo analisar a formação das identidades punks no Recife entre anos de 1980 e 1990. A pesquisa encontra-se em andamento. Para atingir os objetivos propostos, utilizamos um quadro conceitual que aborda as categorias de cultura, representações, identidades e memória como componentes interligadas no que entendemos como uma formação identitária. O estudo baseia-se na análise de dois corpus documentais, um deles referente a depoimentos advindos de participantes em amplo sentido do movimento punk. Foram coletados 24 depoimentos até o presente, a partir do período de julho de 2022, com previsão de chegarmos a um total de 27 até dezembro de 2024. O outro conjunto são as veiculações sobre o objeto da pesquisa no jornal Diário de Pernambuco, de grande circulação na imprensa pernambucana, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Os resultados preliminares apontam para a existência de uma cena cosmopolita na cidade, a partir dos anos de 1970 com o udigrudi, que vai se adensar na década seguinte, quando o punk e outras identidades ligadas ao rock mais extremo efetivamente aportam no Recife, todavia, de maneira marginalizada e periférica. Aos poucos, esses novos corpos começam a ocupar e ‘nomadizar’ espaços diversos da urbe e áreas circunvizinhas, demonstrando dinâmicas próprias, que já bem consolidadas nos anos de 1990, porém, passando a conviver com outra cena cultural pujante, que altera parcialmente suas dinâmicas: o manguebit. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal Rural de Pernambuco, sob o número CAAE: 62380322.1.0000.9547.