Brasiliaens Dorp: aldeamento colonial e agência indígena nas Capitanias do Norte durante o Brasil Holandês (1633-1645)
Aldeamento, Brasil Holandês, História Social, índio colonial, Nova História Indígena
Este trabalho de dissertação intenta evidenciar – munido das concepções teórico-metodológicas características do campo que tem se consolidado no Brasil através do termo “Nova História Indígena”, especialmente a partir do conceito de agency – o processo de estruturação e funcionamento do sistema de aldeamentos coloniais vigente entre os anos de 1633 e 1645, nas Capitanias de Pernambuco, Itamaracá, Paraíba e Rio Grande sob o domínio holandês. Fazendo uso de documentação burocrática e narrativa, pretende-se perscrutar qual a contribuição e que interesses específicos de indivíduos e grupos indígenas estiveram presentes na concretização do projeto dos aldeamentos durante o Brasil Holandês, que aqui é tomado essencialmente como um processo histórico. No bojo desta análise, também se buscará devassar as tensões sociais entre índios e não-índios a respeito das diversas demandas – por mão de obra, conversão religiosa, atuação militar e proteção – que envolviam o aldeamento colonial no mencionado contexto.