A ESCRAVIDÃO EM MOVIMENTO NO “BREJO DAS BANANEIRAS”:
COLONIZAÇÃO, ECONOMIA E LIBERDADE NOS OITOCENTOS (BANANEIRAS-PB,
SÉCULO XIX)
Escravidão. Liberdade. Bananeiras-PB. Lei 2.040. Século XIX.
O presente texto de tese de qualificação, pretende compreender a escravidão e as formas de
obtenção da liberdade por mulheres e homens na condição de escravizados na Vila/Cidade de
Bananeiras, localizada na Província da Paraíba, durante o século XIX. Para isso, propomos um
diálogo com as referências teóricas-metodológicas da História Social da Escravidão diante de um
corpus documental tão variado como doações de sesmaras, inventários post-mortem, listas de
matrículas, testamentos, ações de liberdades, assentos de batismo, jornais, legislação e historiografia
que permitem perceber as movimentações em busca da liberdade feita pela “população de cor” em
Bananeiras. Portanto, se faz necessário conhecer melhor essa região da Paraíba e quais
possibilidades eram possíveis para a população negra escrava conseguir a sua manumissão. Até o
presente momento identificamos que a liberdade foi registrada em variada documentação com a sua
devida indenização. Diante disso, apresentamos o cenário de distribuição de sesmarias a partir da
“força” do gado na Capitania da Paraíba até chegar a região que era Bananeiras no final do século
XVIII para o XIX, perpassando por sua produção agrícola como a cana-de-açúcar, algodão,
mandioca e café além da criação, chegando até a sua comercialização nos armazéns localizados nas
ruas da Vila/Cidade de Bananeiras-PB. É nesse cenário de economia diversificada que a população
escravizada vai agenciar ao seu favor e de seus familiares e amigos possibilidades para comprar a
sua liberdade jurídica ou de terceiros pelos diversos caminhos apontados antes e depois da Lei de nº
2.040 de 1871.