"ENTRE RISOS, INSULTOS E GALHOFAS ÍMPIAS": AS FESTIVIDADES PERNAMBUCANAS OITOCENTISTAS ATRAVÉS DOS ESCRITOS DE FRANKLIN TÁVORA
Práticas de Divertimentos; Literatura; Franklin Távora; Festividades Pernambucanas Oitocentistas.
A literatura do século XIX permitiu construir espaços de entendimento de ideias que circulavam a conjuntura social brasileira. Entre os aspectos de sociabilidades e de construções de uma busca pela identidade cultural, encontramos as festas como indicadores de uma estrutura política, que possibilitou entender o funcionamento da dinâmica existente das camadas. Ao analisar a obra publicada em 1876, O Cabeleira, pelo escritor cearense, Franklin Távora, foi possível observar as práticas de divertimentos e festividades pernambucanas oitocentistas. Considerando a pesquisa pela fonte literária, a obra do autor possibilitou criar um ambiente de entendimento sobre os aspectos das festas, entre seu convício político, formação economia e cultural. Como elemento do coletivo, as festas são expostas pelo escritor como espaço para expressar as narrativas regionais e noções sobre o cotidiano. A obra “O Cabeleira”, escrita pelo naturalista, em 1876, reproduz um cenário do Brasil Colonial e a trilogia do contratempo encontrada na esfera pernambucana do século XVIII: a seca, a epidemia de febre amarela e o início do banditismo social. Como consequência da calamidade do período, o autor descreve os desvios e soluções para realidade do momento: como as práticas sociais e festejos, que caracterizam uma sociedade e toda sua singularidade. Dessa forma, a utilização da literatura oitocentista será notável para a intepretação e atuação das festividades na construção social de Pernambuco. A partir da narrativa do autor fica evidente como era composta as práticas de divertimentos dentro de um período transitório da história do Brasil, sendo evidenciados aspectos do cotidiano, da formação e utilização do tempo livre na sociedade pernambucana ao longo do século XIX