PROCESSOS DE OBJETIVAÇÃO E SUBJETIVAÇÃO NO CONTEXTO REMOTO DE UMA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES QUE ENSINAM ÁLGEBRA NOS ANOS INICIAIS
Álgebra; Formação continuada; Processos de objetivação e subjetivação.
Na BNCC (2017), verifica-se que a álgebra adentra o currículo dos anos iniciais como um saber a ser trabalhado em toda a esfera nacional. Isso se configura como um salto na história da educação matemática no Brasil, tendo em vista a defesa, durante décadas, realizada por pesquisadores que afirmam a importância desse saber nos primeiros anos escolares. Nesta perspectiva, faz-se necessário que a formação de professores acompanhe as transformações curriculares, assim, a formação continuada desempenha importante papel frente às demandas exigidas para o ensino-aprendizagem da álgebra, sobretudo nos anos iniciais do ensino fundamental. Diante disso, nesta dissertação, abordamos a análise realizada ao observar o engajamento de professores de um pequeno grupo de uma formação continuada para o ensino da álgebra nos anos iniciais, na qual, assumiu os princípios teóricos e metodológicos ancorados na Teoria da Objetivação. Assim, à luz dos pressupostos desta teoria, este estudo teve como objetivo ‘’Identificar indícios dos processos de objetivação e subjetivação vivenciados por docentes dos anos iniciais no contexto remoto de uma formação continuada’’. Para isto, foi realizada a observação participante dos encontros, no qual, dispomos também da utilização de um questionário aplicado em momento pré-formação e das gravações dos encontros realizados por meio de aplicativos de vídeo-chamadas. A interpretação dos dados contou com a análise semiótica, no qual assumimos as perspectivas abordadas na Teoria da Objetivação. Constatou-se que, em contato com as tarefas envolvendo a generalização de padrões em sequências, apesar de não apresentarem a materialização do pensamento algébrico propriamente dito, as docentes vivenciaram os processos de objetivação, no que diz respeito às materializações acerca das definições de pensamento algébrico a luz da TO, a distinção entre as definições de generalização algébrica e generalização aritmética, bem como as noções de sequência repetitiva e de crescimento. Ainda, observou-se a mobilização dos processos de subjetivação, em momentos nos quais as professoras desempenham princípios da ética comunitária, como o senso de responsabilidade, colaboração e o cuidado com o outro.