Osteodensitometry and qualitative analysis in six species of tortoise in captivity and freeliving conditions
doença óssea metabólica, ecotoxicidade, osteodensitometria, poluição, quelônios
Doença óssea metabólica acomete frequentemente os répteis, mais comumente os testudines de cativeiro, sendo a tomografia computadorizada é uma técnica precisa, acurada e precoce para seu diagnóstico. Objetivou-se com este estudo estimar valores densitométricos do osso de seis espécies de cágados de cativeiro e uma espécie de vida livre, a fim de investigar a ocorrência de osteoporose. Para a pesquisa foram utilizados animais provenientes do Parque Estadual Dois Irmãos, sendo seis espécies de testudines brasileiros com uma amostra de 10 cágados-de-barbicha de cada espécie, a se saber, Kinosternon scorpioides (muçuã); Podocnemis unifilis (tracajá), Podocnemis expansa (tartaruga-da-amazônia), Trachemys dorbignyi (Tigre-d’água), Mesoclemmys tuberculata (cágado-do-nordeste), Phrynops geoffroanus (cágado-de-barbicha) e também 08 cágados de vida livre da espécie Phrynops geoffroanus (cágado-debarbicha), resgatados dos efluentes da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, em RecifePE. Exames de triagem envolveram avaliação clínica e tomográfica. Valores osteodensitométricos médios foram estabelecidos apresentando diferenças estatísticas entre as espécies, fato que reforça a necessidade de estudos espécie-específicos. Entre as espécies Kinosternon scorpioides e Trachemys dorbignyi verificou-se uma variação significativa dos valores densitométricos entre as vértebras dorsais, indicando que a média dos valores densitométricos das três vértebras dorsais seja uma medida mais precisa. Em animais de vida livre, a análise tomográfica revelou que todos os cágados apresentavam alterações ósseas, estando entre os achados identificados desmineralização óssea, padrão trabecular grosseiro, reabsorção óssea subperiosteal, deformidade de vértebras dorsais e fratura do casco. Tendo em vista que os cágados são considerados biomarcadores da qualidade das águas, a alta ocorrência de alterações ósseas sugere associação com a poluição ambiental sendo este um fator de alerta para a conservação do ecossistema da bacia do Capibaribe. Espera-se que os resultados destes estudos contribuam para a preservação e melhoria da qualidade e expectativa de vida das espécies estudadas.