Banca de DEFESA: BIANCA DE CARVALHO LOPES BARROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BIANCA DE CARVALHO LOPES BARROS
DATA : 30/08/2024
HORA: 13:00
LOCAL: virtual (google meet)
TÍTULO:

A IDENTIDADE MESTIZA ENRAIZADA NAS FRONTEIRAS ENTRE ‘‘TO LIVE IN THE BORDELANDS MEANS YOU’’ DE GLORIA ANZALDÚA E ‘‘ROOTING’’ (THE SUN AND HER FLOWERS) DE RUPI KAUR


PALAVRAS-CHAVES:

Glória Anzaldúa; rupi kaur; identidade mestiza; encruzilhada.


PÁGINAS: 174
RESUMO:

A noção de identidade parece sempre acompanhar e desestabilizar a humanidade. Particularmente na modernidade líquida em que nos encontramos, a influência das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) tem contribuindo fortemente para o aumento de interesse sobre o termo e a sua flexibilização para novas discussões a seu respeito. Uma vez que a questão da identidade dialoga com diversas áreas do conhecimento, o termo se torna de difícil definição. No entanto, nos Estudos Culturais, teóricos como Stuart Hall (1992), Homi Bhabha (1994) e Zygmunt Bauman (2001), dentre outros, contribuem para as novas reflexões quando, através da perspectiva da cultura, se propõem a estudar as transformações as quais as sociedades modernas tem sido submetidas, bem como o impacto que tais mudanças tem sobre a construção da identidade do sujeito moderno nesse contexto. Na conjuntura contemporânea em que nos encontramos, onde a flexibilização dos limiares culturais desloca os indivíduos física e simbolicamente, faz-se interessante apoiar o estudo da identidade na concepção de cidade, por exemplo, especialmente, quando a consideramos enquanto um espaço de materialização do conjunto simbólico de uma sociedade. Na tentativa de dar sentido a uma complexa realidade de sentimentos que emergem dos vários loci identitários sociais, a figura do poeta emerge investido da tarefa de, por meio do texto poético, captar e registrar o cenário social e oferecer de volta a sociedade, a oportunidade de transformar a si mesma e ao panorama no qual se encontra. Nesse contexto, a escritora chicana Gloria Anzaldúa auxilia no debate ao introduzir em seu famoso poema ‘‘To Live in the Borderlands means you’’, a ideia da consciência mestiza e da fronteira como seu local de nascimento. Ao fazer isso, não apenas ela apoia as proposições de Hall, Bhabha e Bauman de que a modernidade líquida contribui para a emergência de identidades fragmentadas e híbridas, como também atribui grande relevância ao entrelugar na dimensão simbólica para a formação da nova consciência. De modo semelhante, em ‘‘rooting’’, parte da coletânea de poemas the sun and her flowers (2017), a poeta indiana-canadense rupi kaur explora a experiência de uma identidade mestiza imigrante e seu sentimento de ser ‘‘ponte’’ entre a Índia e o Canadá. A temática compartilhada entre os dois textos nos conduz a compará-los. Através de análise comparativa, percebemos que, embora haja diálogo entre os poemas, as diferenças quanto as fronteiras temporais, geográfica e linguísticas promovem um certo distanciamento entre as autoras e as respectivas obras que impedem os textos de contribuírem para o avanço da discussão a respeito da identidade híbrida/mestiza que é formada na flexível e líquida modernidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - BRENDA CARLOS DE ANDRADE
Interno - NATANAEL DUARTE DE AZEVEDO
Externa à Instituição - THAYS KEYLLA DE ALBUQUERQUE - UEPB
Notícia cadastrada em: 14/08/2024 14:43
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