Banca de QUALIFICAÇÃO: AILTON GOMES DA SILVA JÚNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AILTON GOMES DA SILVA JÚNIOR
DATA : 28/06/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem
TÍTULO:

PAJUBO, LOGO EXISTO: o Pajubá como chave epistemológica na emergência das epistemologias travestis


PALAVRAS-CHAVES:

Pajubá. Decolonialidade. Filosofia cartesiana. Travestilidade. Epistemologia.


PÁGINAS: 73
RESUMO:

Ao realizar um estado da arte acerca das produções sobre o Pajubá, muitos incômodos relativos à construção desses trabalhos me rodearam: o enfoque identitário dado à população gay, a concepção de língua dos/as pesquisadores/as e o terreno bastante comum de discussões envoltas, em sua grande maioria, em um mesmo ponto: o surgimento histórico do dialeto e a sua relação com as línguas de matriz africana. Contudo, todos esses incômodos logo se dissiparam quando, de encontro com as epistemologias travestis, fiz uma constatação interessante: para além desses trabalhos, o Pajubá também comparece como estratégia linguística e política nas produções da população T. Isto é: não necessariamente se apresenta enquanto objeto de pesquisa central, mas, sobretudo, como uma possibilidade de distensão da norma científica para a construção de novas epistemologias pautadas nas próprias experiências de mundo dessa população, tendo, dessa forma, o Pajubá como uma espécie de bussola teórica na orientação dessas produções. Nesse sentido, este trabalho objetiva analisar essa mobilização do Pajubá como chave epistemológica na construção do conhecimento científico de mulheres trans e travestis acadêmicas. Parto da defesa de que esse acionamento não só desloca a lógica de produção de conhecimento ocidental pautada numa ciência cartesiana, como, sobretudo, orienta para uma nova direção/ética de ser e estar no mundo, guiada pelos afetos, pelas experiências vitais e pela atração da coletividade. Para isso, me volto especificamente à análise dos trabalhos de Amara Moira (2021), Dodi Leal (2018) e Sara Wagner (2020), ao manipularem o Pajubá como recurso linguístico, temático e conceitual-analítico, respectivamente. Faço isso pelas lentes teóricas da Decolonialidade e da Teoria Queer em contraste com a filosofia de René Descartes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1532543 - IRAN FERREIRA DE MELO
Interna - 1526389 - BRENDA CARLOS DE ANDRADE
Externa à Instituição - AMARA RODOVALHO FERNANDES MOREIRA
Notícia cadastrada em: 10/06/2022 11:39
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