Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDREZA KAROLINE CAVALCANTI MARTINS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDREZA KAROLINE CAVALCANTI MARTINS
DATA : 25/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: RECIFE - ON LINE
TÍTULO:

MEMÓRIA E ESPAÇO EM NOTURNO SEM MÚSICA, DE GILVAN LEMOS


PALAVRAS-CHAVES:

Memória; Espaço; Noturno sem música; Gilvan Lemos; Identidade.


PÁGINAS: 64
RESUMO:

Primeiro romance publicado por Gilvan Lemos, Noturno sem música retrata a história de Jonas, um rapaz de 17 anos, e suas inquietações psicológicas fruto de traumas vivenciados na infância. Além disso, o jovem é consumido por um amor não correspondido, o qual contribui com seus conflitos internos. Com o foco no entrelaçamento entre memória e espaço, o presente trabalho pretende analisar como essas categorias narrativas podem auxiliar no entendimento da obra, bem como da identidade do protagonista. Para tal, percorremos as contribuições teóricas de Hesíodo (1995) e seu entendimento sobre memória na mitologia grega; da mesma forma, buscamos em Platão (1988) e Aristóteles (1987) como aprofundam essa perspectiva, tratando-a como uma ferramenta indispensável para a formação do saber. Consideramos ainda Henri Bergson (1999) e sua proposta dinâmica e interativa, ao associar o conceito à percepção e à ação, perspectiva complementada pelas contribuições de Maurice Halbwachs (1990) com colocações acerca de memória coletiva e sua relação intrínseca com os contextos sociais. Ainda nessa compreensão, o texto utiliza-se de Paul Ricoeur (2007) e sua visão dialética e articulada das dimensões individuais e coletivas do fenômeno, bem como de Ecléa Bosi (1994; 2003) ao reforçar sua importância como força subjetiva e transformadora, capaz de conectar o passado ao presente de maneira significativa. Quando o foco se volta ao espaço, Gaston Bachelard (1993) investiga-o em seus aspectos simbólico e afetivo sob a ótica fenomenológica, enquanto Yi-Fu Tuan (2005; 2015) discorre sobre os termos de topofilia e topofobia a fim de explorar as relações entre as emoções e os lugares. Ainda a favor dessa discussão, temos Abdala Junior (1995), e sua análise do universo ficcional em suas esferas subjetivas e sociais, atribuindo-lhe o papel de modalidade analítica em textos literários; e Luís Alberto Brandão (2013), cuja análise aborda o contexto literário em suas funções simbólicas no enredo. Nessa mesma direção, Ozíris Borges Filho (2007) recorre à topoanálise para interpretar as noções espaciais na trama, enquanto Reis e Lopes (1998) enfatizam o papel dinâmico e ativo dessa categoria na literatura, consolidando-a como elemento essencial na construção da narrativa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - JOAO BATISTA PEREIRA
Interna - AMANDA BRANDAO ARAUJO MORENO
Externa à Instituição - CAROLINA DE AQUINO GOMES - UFPI
Notícia cadastrada em: 14/01/2025 10:14
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