IMANI E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE MOÇAMBICANA EM MULHERES DE CINZAS, DE MIA COUTO
Identidades; Imani; Literatura moçambicana; Mia Couto
A literatura produzida em Moçambique reproduzia os moldes literários europeus durante quase todo o período em que Portugal dominou o país. Só no século XIX Moçambique passou a produzir literatura em seu território. Os primeiros escritores criadores de uma literatura moçambicana tinham o intuito de conscientizar a população dos seus papéis diante do novo Estado, surgido após a independência. Essas estórias sobre a nação e sobre as memórias ajudam a criar imagens nacionais e consequentemente a identidade. Mia Couto é um autor moçambicano importante pela sua produção literária e pela posição que ocupou durante o período pósindependência no país. A literatura produzida por ele é peça importante no processo de construção da identidade, revalorizando costumes tradicionais e recuperando elementos específicos da cultura. Mulheres de Cinzas é o primeiro romance da trilogia As areias do Imperador, que traz em sua narrativa o olhar de Imani, uma mulher nascida na região que hoje é Moçambique e vivenciou a chegada dos colonizadores e o processo de resistência e aculturação sofrido pelo seu povo. O objetivo aqui é analisar de que forma a identidade e a construção identitária se faz presente na obra em questão