Considerando o contexto do Semiárido, do Nordeste e Nacional, no que se refere ao
tipo de profissional de Agronomia adequado à realidade, é indispensável que este profissional
tenha uma formação para enfrentar o mundo profissional nessa nova realidade regional e
nacional, com as seguintes características:
• Compreensão da realidade histórica, política e social, sendo capaz de atuar como
agente de modificação;
• Capacidade de adaptar-se a funções diversas na área e ter consciência de que a
formação requer atualização continuada;
• Capacidade de tomar decisões técnicas e administrativas em empresas,
cooperativas, associações e outras formas de organização econômica e social;
• Habilidade de compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais
e comunidade, com relação aos problemas tecnológicos, socioeconômicos,
gerenciais e organizativos;
• Compreensão dos processos agroecológico, agropecuário e agroindustrial para
diagnosticar problemas e propor soluções dentro da realidade socioeconômica;
• Capacidade de atuar na transformação, comercialização, assistência técnica e
gerenciamento dos setores ligados à cadeia produtiva agroindustrial;
• Capacidade de organizar o espaço rural e promover a gestão ambiental;
• Capacidade de produzir e controlar a sanidade e a qualidade de alimentos;
• Capacidade de desenvolve novas variedades e tecnologias produtivas;
• Espírito empreendedor, senso crítico e ético e capacidade para trabalhar, coordenar
e supervisionar equipes de trabalho,
• Capacidade para executar e fiscalizar obras e serviços técnicos e efetuar vistorias,
perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres técnicos, assim como realizar
estudo de viabilidade técnico econômica;
• Capacidade de valorizar e respeitar o meio-ambiente, atuando no manejo
sustentável dos recursos naturais renováveis, visando à produção agropecuária;
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• Conhecimento dos instrumentais técnicos e metodologias indispensáveis à iniciação
científica e inovação;
• Em suas atividades, considerar aspectos referentes à ética, à segurança, à legislação
e aos impactos ambientais.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Agronomia ou
Engenharia Agronômica do Brasil (Resolução CNE/CES nº 1/2006), o currículo do curso de
Agronomia deverá dar condições a seus egressos para adquirirem competências e habilidades
a fim de:
• Projetar, coordenar, analisar, fiscalizar, assessorar, supervisionar e especificar
técnica e economicamente projetos agroindustriais e do agronegócio, aplicando
padrões, medidas e controle de qualidade;
• Realizar vistorias, perícias, avaliações, arbitramentos, laudos e pareceres técnicos,
com condutas, atitudes e responsabilidade técnica e social, respeitando a fauna e a
flora e promovendo a conservação e/ou recuperação da qualidade do solo, do ar e
da água, com uso de tecnologias integradas e sustentáveis do ambiente;
• Atuar na organização e gerenciamento empresarial e comunitário interagindo e
influenciando nos processos decisórios de agentes e instituições, na gestão de
políticas setoriais;
• Produzir, conservar e comercializar alimentos, fibras e outros produtos
agropecuários;
• Participar e atuar em todos os segmentos das cadeias produtivas do agronegócio;
• Exercer atividades de docência, pesquisa e extensão no ensino técnico profissional,
ensino superior, pesquisa, análise, experimentação, ensaios e divulgação técnica e
extensão;
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• Enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mundo, do
trabalho, adaptando-se às situações novas e emergentes.
A metodologia a ser seguida nesse projeto vai estar pautada nas seguintes
características: ensino centrado no aluno e nos resultados do aprendizado; ênfase na solução
de problemas e na formação de profissionais adaptáveis; incentivo ao trabalho em equipe e à
capacidade empreendedora; capacidade de lidar com os aspectos sócio-econômicos e
políticos-ambientais da profissão; e, enfoque multidisciplinar e interdisciplinar.
Auto-Avaliação do Curso de Agronomia
A Lei nº 10.861/2004 instituiu o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior –
SINAES com a finalidade de analisar, oferecer subsídios, fazer recomendações, propor
critérios e estratégias para a reformulação dos processos e políticas de avaliação da Educação
Superior e elaborar a revisão crítica dos seus instrumentos, metodologias e critérios utilizados.
O SINAES realiza análise de três componentes principais: avaliação das instituições de ensino
superior, dos cursos de graduação e desempenho acadêmico de seus estudantes.
A avaliação das instituições de educação superior é composta de duas modalidades:
Avaliação Externa, realizada por Comissões Avaliadoras do Instituto Nacional de Pesquisas
Educacionais – INEP e Avaliação Interna, coordenada pela Comissão Própria de Avaliação –
CPA.