Projeto Pedagógico do Curso

O Engenheiro Hídrico será capaz de atuar com a flexibilidade necessária para atender
domínios diversificados de aplicação e as vocações institucionais. Assim, consoante a
Resolução CNE/CES nº 11/2002 esse profissional terá o perfil generalista, humanista, crítico
e reflexivo, capacitados a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua
atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus
aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística,
em atendimento às demandas da sociedade.

O exercício das atividades profissionais do Engenheiro Hídrico também está
regulamentado pelas Resoluções CONFEA n
o 218/1973 e nº 380/1993. De acordo com esses
dispositivos, compete a este profissional as atribuições referentes ao uso e gestão de recursos
hídricos superficiais, sistemas hidrológicos, sistemas de informações hidrológicas e circuitos
hídricos, incluindo seus aspectos técnicos, sociais e ambientais, a seguir.
a) Supervisão, coordenação e orientação técnica;
b) Estudo, planejamento, projeto e especificação;
c) Estudo de viabilidade técnico-econômica;
d) Assistência, assessoria e consultoria;
e) Direção de obra e serviço técnico;
f) Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
g) Desempenho de cargo e função técnica;
h) Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação
técnica; extensão;
i) Elaboração de orçamento;
j) Padronização, mensuração e controle de qualidade;
k) Execução de obra e serviço técnico;
l) Fiscalização de obra e serviço técnico;

m) Produção técnica e especializada;
n) Condução de trabalho técnico;
o) Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
p) Execução de instalação, montagem e reparo;
q) Operação e manutenção de equipamento e instalação;
r) Execução de desenho técnico;
s) Análise de sistemas computacionais, seus serviços afins e correlatos.



As conjunturas do mercado de trabalho e da sociedade
contemporânea impactam diretamente na atuação profissional e social do engenheiro
(CARVALHO; TONINI, 2017). Por isso, à luz do que preconiza a Resolução nº 11/2002, o
bacharel em Engenharia de Hídrica deverá mobilizar, articular e colocar em ação habilidades
e competências para:

a) Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à
engenharia;
b) Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
c) Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
d) Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
e) Identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
f) Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
g) Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
h) Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
i) Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
j) Atuar em equipes multidisciplinares;
k) Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
l) Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
m) Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
n) Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.


As discussões sobre os processos de formação no Ensino Superior têm destacado a
relação entre conhecimento e ensino no contexto de uma transição paradigmática das Ciências
que, dentre outros aspectos, se caracteriza pela emergência de sistemas de conhecimento

131
abertos e não dicotômicos (SANTOS, 1988). Segundo Cunha (2005, p. 13), o “paradigma
emergente” nas Ciências situa os professores do magistério superior diante de novos desafios,
a saber:
a) Enfoque no conhecimento a partir da historicidade de sua produção e de sua
provisoriedade e relatividade;
b) Estímulo à análise, à capacidade de composição de dados, informações,
argumentos e ideias;
c) Valorização da curiosidade, do questionamento e da incerteza;
d) Percepção do conhecimento como interdisciplinar, estabelecendo relações e
atribuição de significados em função dos objetivos sociais e acadêmicos;
e) Valorização da pesquisa como um instrumento do ensino e a extensão como ponto
de partida e chegada da apreensão da realidade;
f) Valorização das habilidades sócio-intelectuais tanto quanto os conteúdos.


A avaliação não está dissociada do planejamento, tanto em nível do ensino quanto em
nível do curso. A avaliação configura-se como um instrumento indispensável para pensar,
executar e reelaborar o planejamento. Nesse sentido, como observa Luckesi (2002, p. 93), ela
exige uma decisão do que fazer com o resultado, direcionando o objeto da avaliação “numa
trilha dinâmica de ação”. A prática da autoavaliação cria oportunidades para a ampliação de
conhecimento, reflexão crítica e construção coletiva de diretrizes necessárias para a tomada de
decisões.
Sendo um processo permanente e sistemático, a autoavaliação do curso será balizada
por um
projeto de autoavaliação, cuja elaboração tenha a contribuição de gestores, docentes,
discentes e técnico-administrativos. O projeto deverá conter os objetivos, metodologias,
formas de divulgação e discussão dos resultados, bem como um cronograma.
A autoavaliação será diagnóstica e propositiva, apontando potencialidades e
fragilidades presentes no desenvolvimento do curso em seus mais variados aspectos, tais
como o rendimento acadêmico dos alunos, práticas de ensino, projetos interdisciplinares,
Reforço das ações de promoção dos valores democráticos, da justiça social e da
liberdade, de garantia de direitos sociais e individuais e do combate a toda forma de
discriminação – étnica, de gênero, geracional, social, sexual, religiosa, entre outras;
Compromisso com a educação de qualidade, inclusiva e acessível a todos.
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, monitoria, gestão do curso, matriz
curricular e conteúdo, estágios, atividades complementares, infraestrutura, alinhamento com o
PPI, etc. A autoavaliação apresenta um caráter contínuo e cíclico, podendo se dar com
periodicidade semestral e anual em função dos aspectos a serem avaliados.
Deve-se observar que conforme a Resolução CEPE/UFRPE nº 065/2011, com base na
Resolução CONAES/MEC nº 01/2010, cabe ao NDE, como órgão consultivo, a
responsabilidade pela concepção do projeto pedagógico do curso, bem como sua atualização e
revitalização. O NDE também tem por atribuição a supervisão do processo de avaliação e
acompanhamento do curso definidas pelo Colegiado do mesmo.


Baixar Arquivo
SIGAA | Secretaria de Tecnologias Digitais (STD) - https://servicosdigitais.ufrpe.br/help | Copyright © 2006-2024 - UFRN - producao-jboss04.producao-jboss04