Projeto Pedagógico do Curso

O engenheiro de computação será capaz de atuar com a flexibilidade necessária para
atender domínios diversificados de aplicação e as vocações institucionais. Assim, consoante a
Resolução CNE/CES nº5/2016, esse profissional deverá:
a) Possuir uma sólida formação em Ciência da Computação, Matemática e Eletrônica
visando à análise e ao projeto de sistemas de computação, incluindo sistemas voltados
à automação e controle de processos industriais e comerciais, sistemas e dispositivos
embarcados, sistemas e equipamentos de telecomunicações e equipamentos de
instrumentação eletrônica;
b) Conhecer os direitos e propriedades intelectuais inerentes à produção e à utilização de
sistemas de computação;
c) Ser capaz de agir de forma reflexiva na construção de sistemas de computação,
compreendendo o seu impacto direto ou indireto sobre as pessoas e a sociedade;

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d) Entender o contexto social no qual a Engenharia é praticada, bem como os efeitos dos
projetos de Engenharia na sociedade;
e) Considerar os aspectos econômicos, financeiros, de gestão e de qualidade, associados
a novos produtos e organizações;
f) Considerar fundamentais a inovação e a criatividade, compreendendo as perspectivas
de negócios e oportunidades relevantes.


Na contemporaneidade tem-se exigido respostas céleres a problemas complexos
decorrentes do mundo globalizado, no qual a informação adquire um papel proeminente. Não
é por acaso que o atual modo de vida das pessoas está intrinsicamente ligado ao uso das
tecnologias, em especial, dos computadores. Estes podem ser encontrados nos mais variados
lugares, como, por exemplo, nos lares (em TV´s, eletrodomésticos, vídeo games), escolas
(PC´s, tablets, laboratórios), indústria (equipamentos de segurança, relógios-ponto,
máquinas), comércio (caixas registradoras), dentre outros.
Em vista disso, a criação de novos sistemas, que integram
hardware e software para
proporcionar segurança, rapidez e eficiência, faz-se bastante necessária. É nesta conjuntura,
portanto, que o Engenheiro da Computação se apresenta como um profissional capaz de
desenvolver soluções computacionais aplicadas nas mais diversas áreas (segurança
cibernéticas, comunicação, automação industrial e comercial, inteligência artificial,
biomedicina, entre muitas outras). Neste sentido, este profissional pode desenvolver sistemas
de computação embarcados em aviões, satélites e automóveis para realizar funções de
controle. Além disso, uma grande linha de sistemas tecnologicamente complexos, como os de
geração e distribuição de energia elétrica e plantas modernas de processamento e industrial,
dependem de sistemas de computação desenvolvidos e projetados pelo Engenheiro da
Computação. Ele pode, ainda, seguir carreira acadêmica, atuando em Centros de Pesquisa e
IES.


As discussões sobre os processos de formação no Ensino Superior têm destacado a
relação entre conhecimento e ensino no contexto de uma transição paradigmática das Ciências
que, dentre outros aspectos, se caracteriza pela emergência de sistemas de conhecimento
abertos e não dicotômicos (SANTOS, 1988). Segundo Cunha (2005, p. 13), o “paradigma
emergente” nas Ciências situa os professores do magistério superior diante de novos desafios,
a saber:
a) Enfoque no conhecimento a partir da historicidade de sua produção e de sua
provisoriedade e relatividade;

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b) Estímulo à análise, à capacidade de composição de dados, informações,
argumentos e ideias;
c) Valorização da curiosidade, do questionamento e da incerteza;
d) Percepção do conhecimento como interdisciplinar, estabelecendo relações e
atribuição de significados em função dos objetivos sociais e acadêmicos;
e) Valorização da pesquisa como um instrumento do ensino e a extensão como ponto
de partida e chegada da apreensão da realidade;
f) Valorização das habilidades sócio-intelectuais tanto quanto os conteúdos.
Neste contexto, a docência assume um novo papel deslocando-se do modelo onde
figurava como fonte da informação para uma posição de mediação entre o aluno e o seu
objeto de conhecimento.


A avaliação não está dissociada do planejamento, tanto em nível do ensino quanto em
nível do curso. A avaliação configura-se como um instrumento indispensável para pensar,
executar e reelaborar o planejamento. Nesse sentido, como observa Luckesi (2002, p. 93), ela
exige uma decisão do que fazer com o resultado, direcionando o objeto da avaliação “numa
trilha dinâmica de ação”. A prática da autoavaliação cria oportunidades para a ampliação de
conhecimento, reflexão crítica e construção coletiva de diretrizes necessárias para a tomada de
decisões.
Sendo um processo permanente e sistemático, a autoavaliação do curso será balizada
por um
projeto de autoavaliação, cuja elaboração tenha a contribuição de gestores, docentes,
discentes e técnico-administrativos. O projeto deverá conter os objetivos, metodologias,
formas de divulgação e discussão dos resultados, bem como um cronograma.
A autoavaliação será diagnóstica e propositiva, apontando potencialidades e
fragilidades presentes no desenvolvimento do curso em seus mais variados aspectos, tais
como o rendimento acadêmico dos alunos, práticas de ensino, projetos interdisciplinares,
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, monitoria, gestão do curso, matriz
curricular e conteúdo, estágios, atividades complementares, infraestrutura, alinhamento com o
PPI, etc. A autoavaliação apresenta um caráter contínuo e cíclico, podendo se dar com
periodicidade semestral e anual em função dos aspectos a serem avaliados.
Deve-se observar que conforme a Resolução CEPE/UFRPE nº 065/2011, com base na
Resolução CONAES/MEC nº 01/2010, cabe ao NDE, como órgão consultivo, a
responsabilidade pela concepção do projeto pedagógico do curso, bem como sua atualização e
revitalização. O NDE também tem por atribuição a supervisão do processo de avaliação e
acompanhamento do curso definidas pelo Colegiado do mesmo.


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